Tabagismo no século XXI: problemas e consequências

A Organização Mundial das Nações Unidas, criada em 1945, detém como um de seus objetivos de desenvolvimento sustentável a saúde e o bem-estar. Todavia, tal prerrogativa não tem se refletido com ênfase na execução quando se observa o grande percentual do tabagismo no Brasil. Esse evento acaba dificultando a concretização de um objetivo extremamente importante para a sociedade. Diante desse panorama, torna-se necessária, uma análise dos fatores que facilitam esse cenário.

Primeiramente, deve-se salientar o descaso do Poder Público no combate ao tabagismo. Assim, pode-se observar uma significativa parte da mortalidade na sociedade brasileira recorrente devido a complicações causadas pela toxicidade das substâncias inaladas ao fumar. Tal circunstância faz perceber a semelhança entre o dado assunto e a “modernidade líquida” de Zygmund Bauman, definida como a fragilidade das relações sociais e econômicas da sociedade moderna. Consequentemente, a negligência quanto à saúde está ligada a estrutura frágil e disforme que, infelizmente é evidente em nosso país.

Outrossim, é fundamental apontar o consumo de cigarros entre adolescentes como propulsor do alto índice de tabagismo no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 100 mil adolescentes brasileiros são considerados fumantes. Perante o exposto, pode-se notar a vulnerabilidade dos cidadãos mais novos a esse mal, já que nessa idade tais indivíduos estão mais suscetíveis a desenvolver distúrbios psicológicos, levando-os a buscar formas de minimizar seus problemas e encontrando nessas substâncias a solução.

Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para superar esses obstáculos. Para isso, é indispensável que o Ministério da Saúde, por intermédio do SUS, estabeleça programas de assistências médica e psicológica para dependentes do cigarro a fim de promover um declínio do percentual de tabagismo no país. Simultaneamente, é contundente que o Ministério da Educação insira na base curricular comum dos ensinos fundamental e médio, uma disciplina voltada à discussão e prevenção ao uso do tabaco e outras drogas. Desse modo, será firmada uma sociedade mais saudável e livre de vícios, contribuindo com um dos objetivos da ONU.