Tabagismo no século XXI

A Constituição Federal de 1988 – documento jurídico de maior importância no país – prevê em seu artigo 6°, o direito à saúde como inerente a todo cidadão brasileiro. No entanto, tal prerrogativa não tem sido aplicada, ao observar o tabagismo no Brasil. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise em relação à influência midiática e aos danos causados pelo tabaco ao organismo.

De acordo com o exposto, faz-se necessário lembrar que a mídia tem responsabilidade sobre o empecilho, devido a sua influência sob a população. Segundo o filósofo Theodor Adorno, a indústria cultural é capaz de manipular os indivíduos através de exibições, onde são apresentados certos comportamentos, que acabam sendo reproduzidos na vida real. Nesse sentido, é possível concluir que, anúncios, séries ou filmes, que trazem a ideia de que consumir tabaco é uma forma positiva de se enquadrar nos padrões sociais, incentivam pessoas, cada vez mais jovens, a se tornarem consumidores dessa mercadoria.

Ademais, é fundamental apontar os danos à saúde que o tabagismo proporciona. Conforme pesquisas, o Ministério da Saúde afirma que essa doença é causada pela dependência de nicotina – substância tóxica, que gera vício – e pode desencadear aproximadamente 50 enfermidades, como pneumonia e câncer. Logo, a permanência desse cenário é prejudicial ao corpo social, pois a fumaça liberada na combustão emite milhares de toxinas que são inaladas, tanto pelo usuário como pelas pessoas próximas a ele, o que afeta e fragiliza não só o indivíduo, mas todo o coletivo a sua volta.

Portanto, é preciso que o Estado tome providências para amenizar o consumo de tabaco no país. Para isso, é imprescindível que o Poder Legislativo, por meio da criação de uma lei, proíba a transmissão de qualquer programação que incentive o tabagismo – essa legislação irá impedir que tal produto seja visto como benéfico à vida – a fim de reduzir as estatísticas de futuros consumidores e também promover a conscientização dos usuários. Assim, o papel governamental será cumprido, da mesma forma que consta na Magna Carta.