Estudante

Tabagismo entre jovens no Brasil

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A série estadunidense “Quem é você, Alasca?” retrata a história de um grupo de adolescentes vivendo em um internato, entre eles Alasca Young que, ao ser indagada por seus amigos sobre seu consumo exacerbado de cigarros, responde que seus amigos fumam para saborear e ela, para morrer. Longe da ficção, a realidade do tabagismo entre adolescentes está cada vez mais desenfreada, porém, ao contrário do teor romantizado da série, no Brasil, o vício em tabaco entre os jovens se estabelece de modo preocupante. Assim, é inegável que esse panorama tem origem na negligência do Estado, que se mostra omisso na resolução do quadro. Logo, acentuam a problemática não só a falta de apoio familiar como também a romantização midiática.

A falta de apoio familiar, nesse sentido, provoca a repressão de sentimentos que são mascarados pelo consumo de tabaco. Isso acontece porque a família muitas vezes se ausenta da vida dos jovens quando chegam à adolescência por já considerá-los responsáveis e os adolescentes, se sentindo solitários ou incompreendidos, buscam no tabagismo uma forma de lidar com os sentimentos conflituosos típicos da idade. Além disso, segundo o sociólogo Talcott Parsons, a família é uma máquina de personalidades humanas. Assim, ao se ausentarem da vida do jovem em uma fase de amadurecimento, os familiares comprometem a formação de sua personalidade, o sujeitando indiretamente ao vício.

Outro fator que corrobora para o tabagismo na adolescência é a romantização midiática, que perpetua a sensação entre os jovens de que fumar é um ato positivo. Essa situação surge, principalmente, devido a indústria cultural, conceito proposto pelos filósofos Adorno e Horkheimer, que defendiam que a mídia funciona como uma espécie de fábrica, produzindo conteúdos padronizados a fim de domar e desviar os olhos da população acerca de problemas sociais. No que tange ao Brasil, a mídia desempenha papel fundamental na alienação dos jovens para com os malefícios do tabaco visto que, ao ter adolescentes que fumam em novelas como Malhação, com o público majoritariamente jovem, instiga o telespectador a fazer o mesmo. Logo, a indústria cultural por detrás da mídia brasileira está interligada com os altos números de tabagismo no país.

Diante do exposto, é necessário perceber que o tabagismo entre adolescentes no Brasil é fruto inegável da falta de instrução aos jovens. Portanto, é mister que o Governo Federal junto ao Ministério da Saúde crie, por meio do repasse de verbas, um programa social de tratamento contra drogas para jovens que contará com rodas de conversas entre ex-viciados, oficinas de trabalhos manuais e apoio psicológico especializado, além de palestras nas escolas de nível fundamental e médio em parceria com o já existente programa PROERD a fim de alcançar os adolescentes e funcionar como forma de prevenção ao vício. Espera-se que, a partir de tais medidas, o número de adolescentes que consomem cigarros – independentemente que consumam para saborear ou morrer- diminua no Brasil.

P.S: sim, a redação toda coube nas 30 linhas da folha de redação.

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5 Correções

  1. A sua redação apresenta uma ótima progressão de ideias. Adorei a contextualização que colocaste na introdução e a forma como você direcionou o assunto que seria tratado ao longo do texto no final dela.
    O desenvolvimento está escrito de forma clara e objetiva (o que é otimo). Gostei bastante de alguns conectivos que você usou e a forma como usou, mas acho que deveria tomar cuidado com o “isso acontece” e o “além disso” (poderia ter substituído por “ademais” para evitar uma possível repetição).
    A conclusão está perfeita. Retomou o assunto de forma breve, apresentou as soluções e encerrou de modo esplêndido.
    Senti falta apenas de alguns dados ou estatísticas, mas é só um detalhe que já fica como sugestão.
    Parabéns!

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  2. introduçao otima , ao fazer referencia de uma serie jovem e deixando claro que mesmo falando sobre temas atuais ainda sim é muito romantizada sobre a real face do vicio.vc
    tambem demonstrou dominio da lingua culta o seu texto está muito bom só faltou mais desnvolvimento na resoluçao da problematica . a sua escolha por uma proposta foi boa ja que vc conseguiu detalher bem e mostrar bem o que vc queria dizer. por mim seria c1 :190 c2:200 c3:200 c4:200 c5:180 vc é muito boa

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  3. Competência 1: 200
    Ótimo domínio da norma culta, com desprezíveis erros gramaticais.

    Competência 2: 200
    Ótima interpretação do tema proposto.

    Competência 3: 180
    Faltou o uso de uma citação ou de um dado numérico pertinentes à tese desenvolvida, principalmente no segundo parágrafo.

    Competência 4: 100
    Não desenvolveu a parte da tese: “é inegável que esse panorama tem origem na negligência do Estado.” Trocou a ordem de desenvolvimento da tese da forma que foi apresentada na introdução e usou conectivos de forma irregular.

    Competência 5: 180
    Faltou um detalhamento melhor.

    Total: 860

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  4. Muito bem, a introdução está ótima. Trouxe já de início um repertório pertinente para contextualizar, explicitou o problema e deixou a tese muito clara, como deve ser.

    Gostei bastante do primeiro desenvolvimento também. Colocou uma opinião sua sobre a questão da família —de forma bem inteligente — e adicionou argumento de autoridade para solidificá-la. Só digo para tomar cuidado com o recurso coesivo que talvez empobreça um pouco o texto. Você usou “Isso acontece” num parágrafo muito perto de “Além disso”. Embora não seja exatamente o mesmo recurso, talvez o corretor ache um pouco repetitivo. Acho que colocar um “ademais” ou “outrossim” ficaria bem legal, explore bastante essa variedade de conectivos, os corretores valorizam isso no Enem.

    Segundo desenvolvimento: maravilha também! A ideia de indústria cultural se aplica muuuuito bem ao que você está abordando. Simplesmente amei. Você coloca bastante argumento externo mas nesse texto não vi isso como um problema porque, mesmo assim, você traz argumento próprio e dessa forma o texto não fica expositivo. É algo que temos que tomar cuidado ao por muita informação, mas só pra alertar mesmo, pois nesse texto sua opinião se faz muito presente — além de serem argumentos, ao meu ver, MUITO válidos e bons. Tudo que você fala tem bastante sentido! Não deixou nenhuma ponta aberta, está bem construído.

    Conclusão: tome cuidado com termos generalizantes — como “falta”. Geralmente quando a gente generaliza, acaba sendo uma inverdade; até existe uma instrução, mas o problema é que ela não é bem divulgada, não é inclusiva, não é amplamente veiculada, entende? Ao invés de “falta”, use termos menos totalizantes como “ínfima instrução”, “instrução precária”, “instrução escassa”, etc… É um detalhe pelo qual os corretores podem pegar no pé. Sobre a proposta de intervenção: acho ok colocar uma proposta só, a sua está bem detalhada, mas eu sou mais a favor de duas propostas para atender aos dois problemas que você abordou. Achei que ficou faltando um meio de sanar o problema da questão familiar; nesse caso você poderia falar de forma bem simples algo que pudesse resolver esse problema. Mas entendo que talvez não caberiam duas propostas porque você escreveu bastante e isso também varia muito da percepção do corretor também, como é algo subjetivo, não creio que poderia perder muito ponto por isso, só se fosse um muito carrasco. E, poxa vida, sua frase final foi a cereja do bolo, pois faz referência à primeira informação externa que você trouxe. Magnífico! Dá uma felicidade em ler um texto desses.

    Observações gerais: gostei muito do fato de que o que você abordou na tese reflete o que você escreve depois. Você tece muito bem o texto, tem um claro planejamento, conduz o corretor a ler de forma bem simples, nada exagerado, conciso e coeso. Continue assim! Embora existam outras técnicas, eu, particularmente, acho essa a melhor de todas. Sua gramática está ótima também! Não vejo muitos desvios ortográficos, apenas algumas coisinhas pontuais que podem até passar batido porque, no geral, seu texto está esplêndido. Os argumentos externos estão INCRÍVEIS e só fazem contribuir para que a tese apresentada se fortifique mais ainda. Está maravilhosamente escrito.
    c1: 160~180
    c2: 200
    c3: 200
    c4: 200 — não falei muito mas seus conectivos estão muito bons também; só tente se atentar à questão da possível repetição que mencionei anteriormente.
    c5: 180~200.

    Pra mim, seu texto está na faixa de, no mínimo, 940~980. Com certeza não tiraria menos que isso! Parabéns, um dos melhores textos que já li.

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  5. Muito bem, a introdução está ótima. Trouxe já de início um repertório muito bom para contextualizar e explicar, explicitou o problema e deixou o tema muito claro, como deve ser.
    Também gostei bastante do primeiro desenvolvimento também.
    Inseriu uma opinião sua sobre a questão da família de forma bem inteligente e adicionou argumento de autoridade para solidificá-la.
    Uma dica: tome cuidado com o recurso coesivo que pode empobrecer um pouco o texto. Você usou “Isso acontece” num parágrafo muito perto de “Além disso”.
    Embora não seja exatamente o mesmo recurso, talvez o corretor ache um pouco repetitivo. Acho que colocar um “ademais” ou “outro assim” ficaria bem legal, explore bastante essa variedade de conectivos, os corretores valorizam isso no Enem.

    Segundo desenvolvimento: maravilha também! A ideia de indústria cultural se aplica perfeitamente ao que você está abordando. Adorei.
    Você coloca bastante argumento externo mas nesse texto não vejo isso como um problema porque, mesmo assim, você traz argumento próprio e dessa forma o texto não fica expositivo.
    Tudo que você fala tem bastante sentido! Não deixou nenhuma ponta aberta, está bem desenvolvido.
    Continue assim! Embora existam outras técnicas, eu, particularmente, acho essa a melhor de todas. Sua gramática está ótima também!
    Não vejo muitos erros ortográficos, apenas algumas coisinhas pontuais que podem até passar batido porque, no geral, seu texto está esplêndido
    . Os argumentos externos estão realmente muitoo bons e só fazem contribuir para que a tese apresentada se fortifique mais ainda. Está maravilhosamente escrito.
    c1: 180
    c2: 200
    c3: 200
    c4: 200 — não falei muito mas seus conectivos estão muito bons também; só tente se atentar à questão da possível repetição que mencionei anteriormente.
    c5: 190

    Pra mim, seu texto está na faixa de, no mínimo, 950-970.

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