SUS: a integração da saúde

Ao longo da história do Brasil, o país se encontrou em meio a epidemias diversas vezes. Nesses momentos, tais como o surto de Febre Amarela no fim do século XIX, não havia uma cooperação governamental institucionalizada no âmbito da saúde para combater os males enfrentados. No entanto, a partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), foi possível universalizar o atendimento e garantir a coordenação de esforços em situações de epidemia.

O SUS é um mecanismo essencial para a garantia do íntegro acesso à saúde dos brasileiros. Uma vez que sua criação remete à Constituição Cidadã, o órgão permite que todos usufruam do direito à saúde plenamente. Deste modo, em momentos de epidemias, seu papel é de universalizar as medidas de prevenção e contenção da patologia, visando salvar o maior número de vidas possível.

Por outra perspectiva, é importante entender as demandas enfrentadas pelo SUS devido às dimensões continentais do Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde, 160 milhões de pessoas dependem exclusivamente do SUS para ter atendimento médico. Fato que somente é possível pela gestão coordenada do órgão, que se estende por todo o país e, assim, o integra no campo da saúde. Porém, para que estes empenhos possuam efeitos, diversos recursos são necessários.

Diante do exposto, para que o SUS tenha meios de realizar suas atividades em situações extraordinárias, o Ministério da Saúde deve estabelecer um fundo especial para epidemias. Ele poderá ser fomentado pela Federação, estados e municípios, bem como por instituições privadas. Assim sendo, os insumos básicos como equipamentos de proteção poderão ser fornecidos ao SUS e seus profissionais, os quais garantirão o bem estar da população brasileira em situações de epidemia.