SUS: a instituição mais injustiçada do Brasil?

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Tema: O papel do SUS no combate às epidemias

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante da falta de conhecimento da importância do SUS, o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a falta de informações referente à relevância desse sistema no país, e em efeito disso, é propagado difamações, críticas e até vandalizações nas unidades de saúde.

Em primeiro plano, é axiomático que o déficit de dados referente à história do único sistema de saúde do mundo que ousou garantir atendimento médico à toda sua população gratuitamente – que o hoje alcança quase 200 milhões – agrava o problema. A fim de contexto, é indispensável ressaltar o panorama que era vivenciado antes de 1988, criação do SUS, época, esta, aonde se encontrava uma sociedade na qual era atendida apenas se portasse a carteira assinada, e, como se não bastasse, era presente a denominação de indigente àqueles que trabalhassem no campo ou em nichos informais.

Em consequência dessa falta de informação, é perceptível o grande número de usuários que, violentamente, protestam a demora em seu atendimento. Acerca disso é valido destacar, o caso ocorrido em Guarulhos, em uma Unidade de Pronto Atendimento, onde uma mulher chegou a quebrar cadeiras e se digladiar com funcionários presentes no local após se deparar com o adiamento de sua consulta, mesmo o caso tendendo a ser aceitável, visto que as “UPAs” são destinadas a emergências e o surgimento de novas demandas pode alterar, sim, o cronograma das unidades.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas com o fito de mitigar esse impasse. Destarte, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da alteração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adicionar a disciplina de Educação Social, aonde terá como uma das suas principais frentes, além da abordagem das problemáticas que, já, regem o território, a enfatização da importância das instituições presentes no Brasil, quer o SUS, quer outras que tentam auxiliar a população em seus mais diversos aspectos. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, desenvolvendo brasileiros mais conscientes e mais empáticos diante a hodierna estrutura de saúde, e, finalmente, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.

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1 Correção

  1. Oi, bom dia, tudo bem? Espero que sim!
    Introdução: gostei muito da citação de Bauman, foi bem contextualizada. Tese bem apresentada.
    Desenvolvimento 1: muito bem defendida, gostei bastante.
    Desenvolvimento 2: muito bem defendida, colocou um exemplo e reforçou seu argumento.
    Conclusão: projeto de intervenção muito boa.
    Parabéns, excelente redação. Espero ter ajudado!

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