Surgimento de Epidemias e a volta de outras já combatidas.

 No início do século XX, uma doença pandêmica denominada “Gripe Espanhola” foi estruturada, a qual infectou 500 milhões de pessoas e desolou inúmeras nações, principalmente devido ao subdesenvolvimento medicinal. Hodiernamente, a ciência evoluiu drasticamente, a ponto de existirem medicamentos para quase a totalidade de organismos infectuosos já conhecidos. Em contraponto a isso, ainda é possível a volta de epidemias já combatidas e o desenvolvimento de novas, estruturadas principalmente pela Globalização e pelo ceticismo populacional em relação à ciência. Por isso, esses fatos devem ser reestudados.

 Em primeiro plano, é evidente a descrença de parte da população pela ciência. Nesse sentido, observa-se a pesquisa Wellcome Global Monitor, divulgada no primeiro semestre de 2019, que revela que o Brasil se encontra apenas na posição 111º de países que mais confiam na ciência. Em concordância com a pesquisa, Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, afirmou que não são as crises que modificam o mundo, mas a reação populacional a elas. Portanto, para que não seja necessário enfrentar  catástrofes evitáveis, é necessário que a ciência se concretize como pilar e fundamento para qualquer ideologia vigente no meio social.

  Outrossim, vê-se a Globalização, fenômeno decorrente da Guerra Fria, como o principal meio propagador de doenças no mundo. Diante disso, é evidenciado o progressivo aumento do turismo internacional e das emigrações no século XIX, comprovado, por exemplo, com o soerguimento da Zona da Mata, localizada no litoral nordestino, como principal gerador de renda do Nordeste brasileiro. Além disso, Durkheim, sociólogo francês, defende a ideia de que o homem só poderá agir à medida que conhece o contexto em que está inserido. Logo, vê-se a necessidade da conscientização mundial dos prejuízos e riscos, muitas vezes esquecidos, do novo mundo interligado com as tecnologias inventadas durante a Revolução Técnica-Científica e Informacional.

  Dessarte, o ceticismo em relação à ciência e a Globalização desenfreada se mostram como os principais fomentadores do surgimento de Epidemias e a volta de outras doenças já erradicadas. Para evitar isso, é necessário que os Ministérios da Saúde de todos os países concretizem propagandas por meio da mídia digital, voltadas para todo o público, a fim de expor a importância científica para o progresso de todo o mundo, visando assim, a redução ou até mesmo extinção da possibilidade de retorno de crises sanitárias no atual cenário. Dessa maneira, catástrofes como a Gripe Espanhola seriam conhecidas apenas pelos livros educativos de história.