Superexposição nas Redes Sociais

Em “You”, Série de TV Norte-Americana, o protagonista Joe se aproveita da superexposição de Beck em suas redes sociais para coletar suas informações pessoais e até mesmo sua localização. Todavia, a exposição excessiva nos meios de comunicação social, retratada na série, é também um panorama comumente visto na realidade cotidiana, acarretado pela busca de validação externa, que tem como consequências a vulnerabilidade à extorsões e danos psicológicos.

De início, há de se constatar a procura de aprovação exterior enquanto mantenedora da problemática. Acerca disso, o filósofo americano John Dewey cita que a mais profunda necessidade da natureza humana é o desejo de ser importante. Essa ideia de Dewey é claramente percebida entre aqueles que vivem em função da necessidade de terem status e aparentarem possuir uma vida perfeita, com o objetivo de serem notadas e consideradas importantes dentro do meio em que convivem. Logo, é evidente que a exposição exacerbada na procura de notoriedade social perpetua o problema.

Por conseguinte, estabelece-se a suscetibilidade à usurpações e prejuízos emocionais. De acordo com um levantamento da Serasa Experien, em 2021, 331,2 mil brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude. Diante de tal exposto, nota-se que grande parte da sociedade, por exibir dados particulares em demasiados aplicativos, é afetada por cibercriminosos que a ameaça em troca de dinheiro e patrimônios, prejudicando assim não apenas a condição financeira, mas também a estabilidade emocional, acarretando doenças como a depressão e ansiedade. À vista disso, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.

Depreende-se, deste modo, que é mister a atuação governamental na superexposição nas redes sociais. Assim, cabe ao governo, por meio das mídias, conscientizar a população com postagens explicativas esclarecendo sobre como atuar diante de uma tentativa de furto digital, a fim de tornar o ambiente virtual um lugar mais protegido.