A pandemia do COVID-19 escancarou que o Brasil é um país extremamente desigual. Por mais que o vírus em si não escolha raça ou classe social, os mais afetados são os de classe mais baixas. Uma vez que muitos não tem a possibilidade de um isolamento social adequado devido a condições financeiras e, os que tem, ainda se encontram esmagados em locais pequenos e insalubres. Ainda, quando contaminados, são expostos a um sistema de saúde decadente.
As pesquisas divulgadas recentemente, sobre os mapas de óbitos e de contaminados pelo vírus no Brasil, mostram que os maiores números estão situados em bairros periféricos e com grande presença de cortiços, onde se concentram pessoas das mais baixas classes sociais. Fato que obrigou empresas privadas e organizações a se mobilizarem em busca de doações de produto de limpeza e mantimentos direcionados, exclusivamente, para as pessoas desses locais, como ações de arrecadação feitas pela CUFA (Central Única das Favelas).
Ainda que esses consigam manter o isolamento e ações individuais sejam feitas para aqueles do grupo de risco – como várias pessoas se voluntariando para fazer serviços, buscando materiais para aqueles que não podem sair, entre outros – quando infectados, os moradores dessa região são encaminhados para um sistema de saúde sucateado, com longas filas de espera e sem equipamentos, instalações e medicamentos para tratá-los.
Pensando nos argumentos antes citados, percebe-se que esse tipo de solidariedade é, por deveras, paliativa e egocêntrica, quando na verdade o que deveria estar sendo pensado são em ações coletivas e sociais que diminuam a desigualdade, para quando momentos de crises chegarem os impactos negativos sejam minimizados. Assim, é necessário que o Governo Federal, por meio de projeto de lei encaminhado em conjunto do Ministério da Economia com o dos Direitos Humanos crie programas assistenciais que garantam a emancipação desses mais vulneráveis, redistribuindo verba para manutenção das famílias mais desafortunadas com programas como o Bolsa Família, Bolsa Escola e afins. Além do maior investimento, por parte dos governadores, em hospitais que acolham devidamente essas pessoas em momentos assim, com programas de consulta a domicílio e entrega de medicamentos gratuitos. Dessa forma a solidariedade será uma opção, não uma solução.
Gabriela Biancalana
boa noite :)
primeiro quero dizer que não sou nenhuma profissional, vou corrigir de acordo com meus conhecimentos
C1: 160
C2: 140
C3: 140
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C5: 140
total: 740
comentários:
* a palavra “escancarou” no começo poderia ser trocada por “evidenciou” ou outra mais formal.. fugindo da linguagem informal
* apresente uma tese mais explícita
* seus argumentos são bons, mas é necessário um “argumento de autoridade” para reforçar sua opinião, como um dado, um pensamento ou citação de algum entendedor do assunto.. é preciso ter um embasamento
* trabalhe mais na sua proposta de intervenção, respondendo as perguntas: quem? faz o que? como? para que? +detalhamento
* lembre se que na proposta o ideal não é apresentar novas ideias, apenas resolver os problemas já trabalhados a cima
*atente-se a estrutura dos seus parágrafos, seu ultimo parágrafo ficou muito grande em relação aos outros, o ideal é concentrar nos dois de desenvolvimento
no geral seu texto está bom!! só precisa de mais treino, mas tenho certeza que com prática vc melhora ;) vc tem potencial