Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, econômicas e políticas é característica da \”modernidade líquida\” vivida no século XX. Nesse sentido, a discrepância cultural entre os cidadãos brasileiros enraizada na deficiência do acesso generalizado ao cinema nacional, reflete esse realidade negativamente.
Em primeiro lugar, é necessário salientar que conforme o índice de Gini, medidor da concentração de renda de um país, evidencia-se no Brasil, a desigualdade e marginalização social. Nesse contexto, é possível verificar um distanciamento parcial da população ao acesso do lazer e da cultura.
Além disso, a sociedade contemporânea é caracterizada pelo consumismo exacerbado. Dessa forma, o consumo em locais elitizados torna-se evidente, como shoppings centers. Nesses locais, concentram-se a existência de cinemas, contudo, nota-se a presença parcial da população, o nicho com melhores condições financeiras, de maneira a simbolizar o processo de ruptura à generalização do bem comum.
Outrossim, desde a 1ª revolução industrial novos meios tecnológicos foram criados, de modo a dinamizar as necessidades sociais. Nesse panorama, a televisão demonstra ser um aparelho tecnológico responsável por 88% das pessoas que assistem filmes, e 95% dos indivíduos que já foram ao cinema, assistiram novamente na TV — dados do site: www.meiomensagem.com.
Portanto, o combate à liquidez, citada inicialmente, a fim de conter o avanço da desigualdade do acesso ao cinema no Brasil, deve-se tornar evidente, uma vez que a restrição cultural promove a despersonalização e a repressão. Sendo assim, o Ministério da Cultura deve construir, em áreas periféricas, o suporte cinematográfico. Ademais, o Ministério da Educação necessita promover, nos alunos brasileiros, a importância da educação artística por uma grade curricular mais dinâmica e pautada na experiência do lazer; favorecendo a construção de uma sociedade mais harmônica e democrática.
LeoGuedes
Olá!
Seu texto no geral ficou bom! Gostei bastante da estrutura feita, usou bem as conjunções. Soube marcar bem a Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Porém, não gostei da citação a Zygmunt Bauman. Usá-lo na redação é o mesmo que dizer na conclusão que falta conscientização. Tornou-se algo comum, e tudo o que é comum perde seu valor de destaque.
Senti, também, uma redação muito mecanizada, faltou argumentos que levam o texto aproximar-se do leito.
No mais, parabéns e perseverança!
Rayara
De início, faltou você especificar a temática da redação, porém suponho que seja a do ENEM 2019: democratização do acesso ao cinema.
Faltou um pouco de relação entre o sociólogo polonês e os seus argumentos seguidos e clareza na sua tese (o que você vai defender no decorrer do texto).
Existe uma certa dificuldade de coesão entre seus argumentos, evidenciada principalmente no 2º e 3º parágrafo. Você usa muito bem os conectivos, mas falta um pouco de coesão entre eles.
O uso de conectivos ligando os parágrafos está muito bom, parabéns!
Para citar os dados você precisa contextualizar a fonte, não apenas apontar.
Seu texto demonstra um pouco de falta de autenticidade e a analogia com Bauman não foi encaixada tão bem.
Mas no geral, um bom texto.