Iniciante

Romantização de crimes na sociedade brasileira

  • 1

Na série “La Casa de Papel”, estreada em 2018 pelo canal Netflix, é retratada a ação de criminosos que visam realizar o maior assalto da história. A série teve um retorno muito positivo dos expectadores, mas mesmo sendo uma obra funcional, trouxe a tona o poder de alienação e romantização dos crimes, principalmente pelos mais jovens. Deixando claro, portanto, que tanto os espetáculos midiáticos quanto a falta de atenção pelo poder público à esse casos, exercem um papel importante nessa problemática.

De início, vale ressaltar que os expectadores estão cotidianamente expostos à casos reais retratados em jornais, nas mídias sociais e na TV. Além disso, a indústria cinematográfica tem apostado cada vez mais em obras baseadas em eventos reais e na transformação do “vilão” em um personagem carismático e com influências externas que o corromperam. De exemplo, a série “American Horror Story”, que construiu o personagem Tate Langdon baseando-se no massacre ocorrido na escola de Columbile em 1999. Mesmo após promover uma chacina em sua escola, o personagem foi retratado como uma jovem angelical, além de trazerem um romance que envolve os telespectadores e os fazem esquecer dos crimes de Tate. Sendo construído assim, um imaginário popular de que os crimes tiveram justificativa.

Ademais, é importante salientar que por ser a segurança uma das maiores fragilidades da sociedade, ao haver a banalização de determinados crimes, há uma influência muito forte na continuidade da situação. Segundo o teórico Aristóteles em sua obra “República”, quanto mais comum é uma coisa, menos cuidado ela recebe. Semelhantemente, é inegável que a ineficiência legislativa e punitiva dão margem à inspiração em casos já realizados e a continuidade aos pequenos e grandes delitos, que acabam por se tornar corriqueiros.

Diante dos fatos supracitados, é fato que os meios de comunicação e a incompetência em manter a ordem pública influenciam na romantização de crimes e nas consequências dela. Logo, cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, atrelado ao Ministério da Educação, apresentar o tema aos estudantes de forma lúdica e educativa, por meio de aulas didáticas em que serão expostos os pontos de vista das vítimas, auxiliando-os a desfrutar de filmes e séries sem romantizar os criminosos. Para que assim, seja contida essa idealização dos infratores, assim como ocorreu com os personagens da série Lá Casa de Papel.

Compartilhar

2 Correções

  1. Olá, boa noite! De acordo as 5 competências do Enem, sua nota é 960
    Sua redação está muito bem elaborada, conectivos usados da forma certa, coesão e sua conclusão está muito bem elaborada.
    Eu vi apenas dois erros, O primeiro é na introdução. Não existe esse casos. Como você está falando da série, o correto serie a esse caso.
    O segundo erro está no segundo parágrafo. ” à casos reais”. Como “casos” é uma palavra masculina, não precisa estar com o “a” craseado. Portanto o correto seria ” a casos reais”.
    C1: 800
    C2: 1000
    C3: 1000
    C4: 1000
    C5: 1000
    divide tudo por 5 = 960

    • 2
  2. Oi, boa noite Natally :)
    Gostei bastante da sua redação, você escreve bem e não acho que tenha muito o que corrigir, mas vamos lá:

    Erros de concordância:
    [1]: Na introdução, deveria ser “esse caso” ou “esses casos”.
    [2]: No D2, deveria ser “a ordem pública influência”.

    Portanto: C1: 180 (contém alguns erros gramaticais bobos que podem ser evitados com a revisão)
    C2: 200
    C3: 200
    C4; 200
    C5: 200
    Total: 980
    Parabéns, continue estudando você vai longe

    • 1

Você precisa fazer login para adicionar uma correção.