Relação entre alimentação e preservação do meio ambiente

A retirada excessiva de materiais da natureza não é um problema exclusivo da sociedade contemporânea: com o início da Revolução Industrial, por volta de 1760, houve uma grande extração de recursos naturais em decorrência do processo de urbanização. Atualmente, a grande demanda por alimentos processados e carnes e criação de novos espaços para a criação de gado não só contribui, respectivamente, com a poluição atmosférica, mas também aumenta o desmatamento, cabendo assim uma análise para que se possa chegar a uma provável solução da problemática.

Antes de tudo, é importante ressaltar os impactos ambientais procedentes do processo de preparação das carnes e produtos industrializados, já que é necessário o uso de diversos processos químicos, agrotóxicos, conservantes e inseticidas antes de serem enviados para os mercados. Um estudo de 2019 publicado pelo site The Lancet revelou que alimentos como vitela e manteiga são alguns dos maiores contribuintes para as mudanças climáticas em virtude de serem grandes emissores de CO2, enquanto frutas, legumes e mexilhões estão entre os menos poluentes.

Ademais, outro grande problema proveniente dessa grande demanda por carnes é o desmatamento que é feito em troca de um lugar para a criação do gado. Em seu filme de gênero animação, O Lorax, o diretor Theodor Seuss Geisel retrata um mundo futurista onde não existiam árvores de verdade, pois todas tinham sido cortadas pelas indústrias para utilização. Saindo da ficção, enfrentamos uma realidade similar, visto que frequentemente grandes áreas são desmatadas para a criação de um território de criação de gado.

Desse modo, o Ministério da Saúde deve investir em campanhas para incentivar a mudança dos hábitos alimentares, por meio de propagandas e palestras para a conscientização da população visando a redução do consumo de alimentos industrializados. Além disso, as famílias devem reduzir o desperdício de alimentos, haja vista que eles são responsáveis por 10% dos gases do efeito estufa, estabelecendo regras quanto ao ato de jogar comidas fora, adaptando, assim, sua rotina e consequentemente ajudando com a diminuição das mudanças climáticas.