Redes sociais: uma boa consequência dos investimentos em inovações?

Tema: Investimento em inovação

Segundo Zygmunt Bauman, filósofo polonês, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante dos problemas sociais derivados da evolução da tecnologia, o Brasil propende-se a repostas negativas, visto que vigora interesses individuais das grandes redes sociais, tendo como efeito, uma sociedade propensa a uma rotina insalubre.

Em primeiro plano, é axiomático que a exacerbada busca pelo lucro, agrava a problemática. Segundo o escritor renascentista Nicolau Maquiavel, o homem em busca de suas ambições, não percebe o mal que seus atos podem provocar. De maneira análoga, tendo em vista o incentivo das empresas em criar plataformas viciantes – ação confirmada pelo próprio Azas Raskin, criador do “feed” do “Facebook”, no documentário “Panorama” da BBC -, é irrefutável que uma ferramenta que não vise tanto a danificação da relação dos indivíduos; quanto, de seus hábitos saudáveis, não é prioridade para grande das corporações desse nicho.

Em consequência do supracitado, é notório as problemáticas oriundas dessa relação, nociva, de redes sociais e usuários. Acerca disso, vale ressaltar que mesmo Pitágoras, matemático da Antiga Grécia, ter, milenarmente, afirmado que o mundo se trata da harmonia de contrários, é persuasivo como o atual contexto quebra esse equilíbrio. Outrossim, é perceptível – como fruto desse imbróglio – a quantidade de horas despendidas defronte às plataformas interativas, chegando a alcançar nove horas, segundo o G1, propiciando um cenário inaceitável de subordinação de milhões de brasileiros.

Depreende-se, portanto, a premência de medidas com o fito de mitigar esse impasse. Dessarte, cabe ao Ministério da Educação, por intermédio da alteração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), adicionar a disciplina de Educação Tecnológica, a qual visará desenvolver a nação em seu caráter crítico, desde a tenra idade. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, propiciando uma relação mais saudável entre a população e a tecnologia, finalmente fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.