Reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde no Brasil (ENEM PPL 2021)

Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que o reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto tanto da negligência estatal, quanto do legado patriarcal. Dessarte, urge a adoção de estratégias para reverter esse panorama.

Diante disso, em uma primeira análise, é importante pontuar o dever da máquina pública na proteção da saúde de toda a população feminina. Isso porque, segundo a Constituição Federal, é função do Estado viabilizar aos brasileiros uma vida digna, a qual pressupõe a garantia da atuação cidadã. No entanto, a postura estatal é de descaso no que se refere à ampliação e o reconhecimento da contribuição das mulheres nas ciências da saúde. Partindo dessa realidade, a falta de intervenção se dá pelo fato de as autoridades governamentais não investir na iniciação de pesquisa das mulheres que buscam respostas e curas para as doenças que atinge a população. Nesse quadro, essa temática é deixada em último plano nas discussões e nas ações políticas e, então, encontra-se fadada ao apagamento.

Além disso, salienta-se o legado patriarcal como promotor do problema. No século XX, o patriarcado prevalecia nas famílias, era o dever da mulher ser submissa ao seu marido e cuidar dos seus filhos. Através desse fato histórico, foi criado a ideia de que o papel da mulher era somente ser “dona de casa” e não intervir nas questões científicas da saúde. Por conta disso, esse pensamento foi persistindo e se faz presente na contemporaneidade, em consequência da falta de desconstrução desse tipo de machismo estrutural. Como resultado, inúmeras mulheres não têm suas contribuições reconhecidas pela estrutura governamental.

Portanto, medidas devem ser tomadas com o intuito de amenizar esta problemática. Logo, cabe ao Ministério da Mulher e da Educação, em conjunto com a mídia, investir em campanhas educativas, por meio da divulgação na internet, a fim de desconstruir o pensamento machista e garantir o acesso da mulher nas ciências da saúde, bem como onde ela queira estar. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, a falta de reconhecimento da contribuição das mulheres e a coletividade alcançará a Utopia de More.

 

Não irei mudar o repertório, pois já me adaptei a ele e consegui tirar uma nota boa com ele.

Se puder, tem como deixar nota e corrigir modelo Enem, por gentileza? Desde já eu agradeço!!