A Pandemia da Covid-19, doença respiratória com alta capacidade de transmissão social, representou um evento histórico para a coletividade nacional, haja vista que que o caos comunitário instaurado pela disseminação viral foi ativamente combatido pelos órgãos de saúde pública do país. Na atual conjuntura nacional, a recente valorização da saúde pela coletividade demonstrou que as desigualdades de gênero, presentes na nação, ultrapassam os períodos de crise política. Nota-se essa realidade ultrajante no reconhecimento desigual da contribuição mulherista no combate a Covid-19 e na contribuição nas ciências de saúde como um todo. Dessa forma, seja pela herança colonial patriarcal, seja pela intensificação das disparidades domésticas, é preciso analisar machismo no reconhecimento da contribuição feminina na saúde nacional.
Destaca-se que a herança colonial machista é a raíz dessa temática dispare. Acerca disso, é comum no país o pensamento social retrógrado segundo o qual a mulher possui a tendência natural submissão aos anseios masculinos. Isso acontece em razão do passado colonial brasileiro, no qual o direito feminino à educação, à liberdade e ao reconhecimento trabalhista foram negados em prol da obrigatoriedade pelo trabalho doméstico. Com isso, essa realidade, sustentada pela ausência de medidas socioeducativas sobre a igualdade de gênero no âmbito contemporâneo, resultou na cristalização da cultura que despreza e ignora figuras femininas de destaque no meio profissional. Uma mostra desse fato é visível na associação presente no imaginário coletivo brasileiro que relaciona a enfermagem, cargo considerado coadjuvante no ambiente da saúde, como um curso exclusivamente feminino.
Além disso, é notável, também, que essa conjuntura social supracitada dificulta o combate às desigualdades domésticas. Isso porque esse reconhecimento coadjuvante atribuído à mulher na saúde brasileira, auxilia na criação de um cenário propício para a intensificação de atitudes e conceitos coletivos que afetam a distribuição justa do trabalho doméstico entre homens e mulheres. Como, por exemplo, a negação masculina à limpeza do lar e ao cuidado paternal. Logo, inúmeras mulheres, ativas no combate à enfermidades biológicas e na manutenção sanitária nacional, terão suas capacidades trabalhistas limitadas. Uma vez que, esse ambiente coletivo, condena a mulher à “economia do cuidado”, caracterizado pelo conjunto de práticas não remuneradas realizadas para a consolidação do bem-estar familiar.
Portanto, é preciso agir logo. Para isso, cabe ao Ministério da Cidadania, em parceria com os órgãos de saúde municipais, o dever de elaborar um projeto exclusivamente pensado para a valorização feminina nos serviços de saúde pública. Esse documento pode, por exemplo, conter medidas que incentivem a criação de centros de debates específicos sobre a igualdade de gênero no Brasil, como mostra de medida socioeducativa contra o machismo, bem como, também, promover a elaboração de eventos comunitários para a homenagem de mulheres profissionalmente notáveis, pela criação de parcerias com núcleos privados de cerimônia. Isso pode ser feito por meio da ação ativa do Poder Público em paralelo com a docência nacional. Dessa maneira, é possível, por vias democráticas, promover o reconhecimento justo de mulheres nas ciências de saúde do Brasil.
nxolivy
1º parágrafo:
“haja vista que que”, repetição de palavra
“contribuição mulherista”, acredito que “mulherista” não exista, melhor trocar por feminina ou algum termo sinônimo
” como um todo”, é uma frase-feita, melhor trocar por “em sua totalidade” ou simplesmente apagar o termo
2º parágrafo
“raíz” não possui acento
3º parágrafo
“por que esse reconhecimento”, esse por que é com sentido de resposta, justificativa, logo deve estar junto e sem acento: porque
Enfim, achei sua redação bastante atrativa e muito bem escrita. Boa sorte em seus estudos!
alisonreis2
1º parágrafo::
”haja vista que que’ repetiu a palavra ”que” duas vezes.
”mulherista” é melhor troca por feminina. ou até um sinônimo.
”como um todo” troque por ” na sua totalidade” ou então ”em sua totalidade”.
No 2º parágrafo
”raíz” não tem acento.
No 3º parágrafo
”por que” esta na forma de resposta, troque pelo ”porque”.
Foram os erros que percebi, diante do comentário acima. A estrutura está ótima.
samuk
1º parágrafo::
”haja vista que que’ repetiu a palavra ”que” duas vezes.
”mulherista” é melhor troca por feminina. ou até um sinônimo.
”como um todo” troque por ” na sua totalidade” ou então ”em sua totalidade”.
2º parágrafo
”raíz” não existe acento.
3º parágrafo
”por que” esta na forma de resposta, troque pelo ”porque”.