Raiz ou Nutella?

A geração passada foi educada de forma rígida e muitas vezes incorreta para os dias de hoje. De certo, é verdade que o mundo, as pessoas, a sociedade em si, muda rotineiramente e a forma de educar os filhos deve mudar também. É incoerente seguirmos um padrão de “pais perfeitos”, pois cada filho possui uma personalidade que se difere, em muitos aspectos, da personalidade de seus pais, que foram criados e educados em uma época diferente. Podemos ter como exemplo o método de ajoelhar-se no milho como forma de castigo. Se um dia esse método de punição já pareceu ser eficaz, nos dias atuais é visto como uma forma de tortura cruel e desumana.

Se existe um ser mais plural que o ser humano, eu desconheço. Cada ser humano é único, insubstituível e com toda certeza, mutável.
A geração passada vivia com a ideia de que uma boa educação deveria ter como base a violência e o medo. O que gerou adultos violentos e/ou traumatizados. A geração de adultos atualmente, acredita que criar filhos de forma “Nutella” gerará no futuro adultos mimados, fracos e frustrados. De certa forma, é incoerente educarmos nossas crianças de forma tão branda, pois a construção do indivíduo se dá pela criação e sabemos que ao educarmos um filho, devemos prepará-lo para a vida, que não é nem um pouco branda. Contudo, educar nossas crianças de forma “Raiz” fará delas cópias dos adultos de hoje, o que gerará um eterno ciclo vicioso de má criações e pensamentos retrógrados.

Portanto, conclui-se que a melhor forma de criação é a mistura de ambas, levando em consideração alguns aspectos que podem “dosar” o método de criação. “Nutella” e “Raiz” são a combinação perfeita para educar filhos com amor e autoridade ao mesmo tempo. Pois quem ama cuida, e cuidar não é sinônimo de “dar tudo que seu filho quer” muito menos antônimo de “fazê-lo chorar para ter medo de cometer erros”.