Racismo: um problema preponderante na sociedade

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O filme “ Mandela”, de 1996, narra a história de Nelson Mandela, uma das mais importantes figuras na luta contra a segregação racial. O ativista político e ex-presidente da África do Sul foi fundamental no movimento de resistência ao “Apartheid” – regime de separação racial imposto na África do Sul -, contribuindo, até hoje, na promoção do espírito de liberdade na população negra. Contudo, a separação étnica ainda se faz presente nos dias atuais, em virtude do tratamento desproporcional e da desigualdade na oferta de oportunidades à população negra em comparação às demais camadas sociais.

No que se refere ao modo pelo qual os negros são tratados na sociedade, cabe ressaltar os protestos promovidos, recentemente, nas redes sociais, em razão do aumento da violência institucionalizada – sobretudo, mas não apenas policial – contra a população negra. A mobilização das manifestações antirracistas se dá em virtude do aumento crescente da violência e do descaso das autoridades pela população preta e parda. Já dizia Einstein que é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito. Tal premissa torna-se verídica ao observamos que, apesar de passados 132 anos da abolição da escravatura (Lei Áurea), os negros ainda são vistos e tratados na sociedade brasileira como um grupo isolado do contexto socioeconômico e cultural.

Apesar da existência de políticas afirmativas, as quais permitem em maior grau a inserção do negro na vida em comunidade, ainda há muito o que ser feito para mudar o contexto de descaso e discriminação. Segundo levantamento do IBGE, 75% dos pobres do país são negros, visto que não há uma equidade entre os salários da população negra e branca. Tais dados são alarmantes, pois, além de não haver oportunidades iguais no mercado de trabalho, serviços essenciais como saúde e segurança são negados em virtude da exclusão social imposta a essa parcela da sociedade. O Brasil, último país a acabar com a escravidão, tem sua história marcada pela violência e opressão infligidas aos ascendentes da população que hoje forma a sua nação.

Desse modo, mudanças devem ser feitas para que se possa promover a igualdade e o bem de todos, tal como propõe a Constituição Federal. Em contrapartida, o poder legislativo deve criar ou ampliar leis de proteção, tais como o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12288/2010), permitindo a inserção do negro no escopo sociopolítico e a redução das desigualdades. Ademais, o governo deve instituir a temática negra nas discussões e pautas das instituições escolares, a fim de formar, desde cedo, cidadãos conscientes e reduzir, por sua vez, os índices de discriminação racial.

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3 Correções

  1. Boa noite!
    Sua redação está ótima, soube colocar outras áreas do conhecimento que deixam o texto mais rico, argumentou bem e não fugiu do tema. Sugiro que faça a proposta de intervenção um pouco maior, mais detalhada por ser uma parte muito importante no texto.
    Mas creio que a nota esteja próxima de 1000.
    Espero ter ajudado. ;)

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  2. Parabéns! Sua abordagem, projeto de texto, tese, estrutura, repertório e proposta de intervenção estão muito bem elaboradas. Mas sugiro que aponte a sua indignação sobre o problema (marca de autoria) e apresente mais detalhes sobre seus argumentos, parece ter mais ideias que seu ponto de vista a ser defendido. Continue assim, ta ótimo

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  3. Parabéns pela sua redação, ela esta ótima. Sua tese foi bem apresentada e bem argumentada nos desenvolvimentos. Dá pra ver claramente que há um projeto de texto na sua redação, o que faz dela bem desenvolvida. A minha unica ressalva é que no seu primeiro desenvolvimento você colocou repertorio demais e ficou faltando a sua opinião, os seus argumentos.

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