Racismo: pode afetar a empregabilidade?

Tema: Racismo Estrutural

Segundo o filósofo polonês Zygmunt Bauman, “Não são as crises que mudam o mundo, e sim como reagimos a elas”. Sob tal ótica, diante do racismo estrutural, o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora a insuficiência legislativa, e, como efeito, o notório desemprego das vítimas. Destarte, sendo imperiosa a ampliação de medidas com o fito de liquidar esse imbróglio.

Em primeiro plano, é axiomático como a falta de efetividade das leis agravam o problema. Permissível, portanto, comprovar tal realidade, uma vez que a Constituição – segundo o ex-desembargador Liberato Póvoa – já almeja, quase, 200 mil regras legais, as quais caso fossem aplicadas, o panorama do país seria totalmente diferente. Deste modo, sendo inadmissível um país elencado entre os que possuem a carta política mais avançada do mundo, confrontar tais adversidades.

Em consequência do supracitado, é notável o quantitativo desses padecedores desempregados. Acerca disso, pode-se observar que mesmo Pitágoras, matemático da antiga Grécia, milenarmente ter afirmado que o mundo se trata da harmonia de contrários, esse contexto tende a quebrar esse equilíbrio, salientando tanto desvantagens em processos seletivos; quanto, dentro do ambiente de trabalho. Por conseguinte, emerge a necessidade de ações atenuativas que promulguem a melhora da vida desses que galgam um futuro melhor.

Urge, portanto, a premência de medidas com o fito de mitigar essa problemática. Logo, cabe ao Ministério da Educação desenvolver o senso crítico da população. Esse, que por intermédio da modificação da base curricular, deve adicionar a matéria de Educação Legislativa, esta que terá como princípio demonstrar a importância da participação na política, cobrando melhorias e a aplicação das normas, além da seleção eficiente de seus representantes. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.