Racismo no Brasil

A história afirma que o descobrimento das terras do Atlântico Sul, denominada Pindorama pelos nativos, que significa “Terra das Palmeiras” em língua tupi, pode ser relacionada ao Eurocentrismo, isso porque, desconsidera os povos colaboradores da rica diversidade cultural, os quais, ali habitavam antes dos portugueses.

Assim sendo, o racismo no país que atualmente é conhecido como Brasil, existe desde o período colonial; Portugal possuía uma pequena população e enxergava os nativos como “diferentes”, com isso, os indígenas foram os primeiros escravos da colônia. Todavia, escravizar indígenas não era muito lucrativo, pois era difícil capturá-los, visto que estes conheciam muito bem o território e tinham os padres jesuítas os defendo. Desse modo, foi investido no tráfico negreiro, o qual, mostrou-se mais lucrativo e atraente para os senhores de engenho. Entretanto, com adoção do liberalismo e iluminismo na Europa, a escravatura foi abolida.

Paralelamente, o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão,  mesmo depois da abolição, as pessoas de cor negra foram extremamente inferiorizadas e continuavam servindo aos brancos, decorrente da educação desigual. Indubitavelmente, surgiu o racismo estrutural, que foi transmitido de geração em geração, a partir de uma herança imaterial. Por consequência, segundo uma pesquisa da revista Veja, 61% dos brasileiros acham que o país é racista. Além disso, de acordo com o Ministério Público do Trabalho, pretos e pardos enfrentam mais dificuldades na progressão da carreira, igualdade salarial e são mais vulneráveis ao assédio moral.

Portanto, para combater o racismo no Brasil, é primordial melhorar o nível de ensino educacional da sociedade brasileira, proporcionando-lhe a oportunidade de conhecimento e reflexão sobre o passado, a fim de estimular o pensamento próprio, com o intuito da convivência coletiva e harmônica, não transmitindo essa herança imaterial para a geração futura. Analogamente, o escritor brasileiro Mário de Andrade dizia que o passado é lição para refletir, não para repetir. Por conseguinte, ao investir em educação de qualidade aumentam-se as chances de garantir que todos tenham seus direitos cumpridos, independentemente da cor.