Racismo na sociedade brasileira

Brás Cubas, o defunto-autor de Machado de Assis, diz em suas “memórias póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de muitos brasileiros frente a questão do racismo, essa é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, a problemática persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social.
Em primeira análise, as leis que regem a constituição brasileira a respeito do racismo, configuram uma pena desproporcional aos efeitos causados pela violação da integridade moral da vítima. Além de que, com o baixo rigor da legislação o aumento de crimes sobre intolerância racial vem crescendo à medida que passam os anos.
Ademais, o pensamento de superioridade sobre pessoas de pele escura, segundo Martin Luther King, é devido a sociedade que as rodeia, o que seria uma forma de pensar imposta há diversos séculos pelos povos antigos e que perdura até hoje sobre a naturalização de uma pessoa negra à escravidão.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o ministério da justiça, considere a intensidade da violação a integridade moral cometidas contra pessoas negras, afim de aumentar a penalidade dos infratores, melhorando assim o rigor das leis de crimes racistas. Além de que, o ministério da educação deve implementar campanhas em escolas sobre o pensamento da sociedade em relação as pessoas de pele escura, a fim de desnaturalizar as idéias sobre cor da pele e escravidão.