Racismo e Discriminação

Na série Anne with an E, que se passa no século 19, um dos personagens, Bash Lacroix, sofre ao se mudar para a cidade de Avonlea por ser negro e porque a maioria dos habitantes o repugnavam pela cor de sua pele. Hoje, dois séculos depois, e fora da ficção, muitos ainda sentem os impactos do racismo no cotidiano tanto perto, nas ruas, quanto “longe” na representatividade. 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as chances de uma pessoa negra ser assassinada são 2,7 vezes maiores do que uma pessoa branca. Os dados falam por si só: a discriminação está presente em todo lugar. Como exemplo muito bem conhecido temos o caso de George Floyd, um homem assassinado por um policial sobre denúncia de uso de cédula falsa. A pergunta que fica é: o mesmo aconteceria se o homem acusado tivesse menos melanina?

Na sequência, temos o inconcebível fato de que as mídias ainda pouco representam a negritude. Já se pode ver em novelas e filmes atores e atrizes negros e negras, mas em quais papéis? Empregados domésticos, escravos, pessoas pobres, a classe baixa: esse é o máximo que nós representamos?A atriz Dhu Moraes, da emissora Globo, aparece em vários papéis sendo a empregada ou, para variar, a escrava. Além disso, a política é outro caso alarmante. O Brasil, um país repleto de afrodescendentes, até hoje não teve um presidente desse grupo. 

Portanto, para que haja maior liberdade fora de casa, é preciso que a sociedade se volte contra os opressores e que ensine tanto a atual geração quanto a futura a respeitar o próximo sem focar nas diferenças, por meio de aulas extras nas escolas abordando essa temática e também palestras obrigatórias para todos os cidadãos. Não apenas isso, como também o Estado deveria investir na criação de mais políticas de inclusão de negros nas mídias e na política através de projetos de lei a fim de que o povo afrodescendente se veja também nos lugares de poder. Assim, poderemos viver numa sociedade mais evoluída e beirando a igualitária.