Racismo: até quando?

A discriminação racial deve ser considerada um assunto preocupante no século atual? Como a lógica do racismo se manifestou ao longo de sua trajetória? Será que é coerente dizer que um indíviduo é inferior ao outro somente pela cor de sua pele? Até quando deve se debater esse tema para que não haja de forma alguma tal preconceito?

Anos após a escravidão, ainda ouve se expressões como “cabelo de bombril”, “até que tem traços finos”, “macaco” e que são levadas, muitas vezes, como brincadeira, mas não: racismo não é humor. Portanto, não deve ser tratado com indiferença e, muito menos, ser utilizado para vitimizar pessoas de outras etnias que não sejam negras. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o racismo no Brasil é “estrutural e institucionalizado” e “permeia todas as áreas da vida”,ou seja, ele vem de muito tempo e influencia em diversos setores, inclusive o econômico.

O fato que acaba sendo contraditório é que, segundo a pesquisa do IBGE em 2014, mais da metade da população brasileira (54%) é de pretos ou pardos. Com isso, se torna inadmissível qualquer realidade em que negros são tratados diferentes e têm menos oportunidades.

Racismo é crime, e é tão grave que quem o pratica tem noção disso. Contudo, ele permanece enraizado na sociedade brasileira e cabe a todos fazer com que isso se tenha um fim. É necessário que o Governo Brasileiro promova ações ao combate a discriminação e que discussões em relação a esse assunto estejam sempre presentes nos ambientes escolares e familiares. É uma luta constante e cansativa, porém é indiscutível que todos se beneficiariam em uma sociedade igualitária.