Questão das cracolândia nas metrópoles

-Em grandes metrópoles, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo, têm se tornado cada vez mais comum, o surgimento de aglomerações de dependentes químicos, constituindo assim, as chamadas cracolândias. Consequentemente, diversos profissionais da saúde, segurança pública, bem como cidadãos comuns, enxergam com preocupação, casos cada vez mais elevados de usuários de drogas nas grandes cidades.

-Primeiramente, é necessário delimitar as razões para o surgimento e expansão desses “hubs” de circulação de drogas, cujas vulnerabilidades socioeconômicas, junto com problemas crônicos de segurança pública, bem como a falta de acesso a meios de tratamento de dependência química, contribuem para o atual cenário enfrentado, onde regiões marginalizadas tendem a ser um foco para usuários e o tráfico local de drogas. As facções criminosas, se aproveitando das vulnerabilidades socioeconômicas de determinada região, para além da marginalização de áreas da cidade enxergam uma grande fonte de renda, ao explorar os vícios de dependentes químicos, que o ajudam a se armar, e manter suas ações como organizações ilícitas.

-Como resultado, a expansão das cracolândias se motra muito nocivo para a sociedade, na medida que desvaloriza, seja em termos econômicos e qualidade de vida, os locais acessados, além de contribuir para o aumento da quantidade de crimes praticados na região, tendo em vista que os dependentes químicos se veem necessitados em praticar furtos, assaltos, e prostituição para comprar a droga. Uma outra consequência que pode ser observada, mas desta vez de maneira mais emocional e mental, a desestruturação das famílias do dependente, em que os danos são imensuráveis.

-Contudo, ações para o combate e prevenção de formação e expansão das cracolândias dependem de 3 frentes, onde a primeira delas, empreendida pelo Ministério da Segurança Pública, em parceria com homônimos Estaduais e Municipais, para a investigação e prisão de vendedores de drogas dessas cracolândias, pois uma aglomeração de dependentes também é indicício de um ponto de venda, que são geridos pelo tráfico local. Já a segunda e terceira frente, devem ser empreendidos pelo Ministério da Saúde e seus Homônimos Estaduais e Municipais, o que envolve a criação de centros para tratamento de dependentes químicos, e a sua disponibilização pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para além de esforços publicitários com o sentido de informar a população acerca dos malefícios no uso de drogas, por intermédio da grande mídia, como Internet, Jornais, Anúncios Publicitários e etc.