Publicidade infantil em questão no Brasil

Segundo a teoria da tábula rasa do filósofo Jhon Locke, o ser nasce puro, como uma folha em branco, e vai se modelando conforme o meio em que o cerca, e este provoca o ser a evoluir. Em contrapartida, essa teoria torna-se de ar negativo quando observam-se as propagandas direcionadas ao público infantil, já que crianças são manipuladas de maneira fácil por meio de apelativos de marketing e o Brasil tem um sistema falho de controle de propagandas que é facilmente driblado pelas empresas.

Em primeiro lugar, vale ressaltar que as propagandas de brinquedo usam dos desenhos animados favoritos dos espectadores para incentivar a compra de brinquedos. Tal apelação implica que os pais comprem brinquedos para seus filhos baseando-se na impulsão que a propaganda causou a criança, assim que despertou o interesse na mesma. Além disso, a propaganda como a dos hambúrgueres infantis da rede McDonald usavam de brindes para comercializar mais pedidos e faturar cada vez mais, visando apenas o lucro em cima da ingenuidade infantil e sua vulnerabilidade para perceber a persuasão do marketing.

Ademais, No Brasil, o controle do que se é ofertado às crianças é limitado, já que os comerciantes resistem as leis de publicidade infantil, tornando dificulta a sua fiscalização. Nesse sentido, grandes corporações mascaram propagandas infantis por meio de discursos de influenciadores digitais em seus conteúdos infantis, pois driblam as leis e estimulam a compra de produtos. Por conseguinte, crianças se submetem aos pensamentos compulsivos e despertam desejos pelos produtos ofertados de maneira subliminar.

Portanto, visto a fragilidade das crianças diante da manipulação promovida por empresas de comércio infantil e o sistema falho de fiscalização de propagandas infantis, cabe ressaltar possíveis medidas para evitar este cenário. Neste sentido, cabe ao ministério da cultura e ao ministério da familia unir-se ao governo federal para elaborar projetos de lei que limitam as propagandas infantis no meio midiático que sejam de conteúdo infantil. Além disso, vale ao governo federal destinar verbas da cultura para a criação de um sistema de fiscalização que seja ativo nas mídias podendo penalizar as empresas que usam de propagandas subliminares. Ademais, é importante que os pais confiram periodicamente o conteúdo visto por seus filhos nas redes de internet diminuindo a possibilidade de seus filhos serem coagidos. Assim tornando possível um país com menores índices de alienação infantil por meio da publicidade.