Psicologia e o Policial Militar: Uma Questão de Segurança

Atenção. Ansiedade. Percepção. Agilidade. Medo. Coragem. Calma. Um segundo entre a vida e a morte. Dessa forma vivem os policiais militares no Brasil, em cidades grandes e pequenas a pressão emocional constante é parte do armamento. Zelar por quem zela pela sociedade deve ser visto como prioridade sob a atenção do Estado Brasileiro.

A saúde mental, em um contexto contemporâneo, é alvo de pesquisas e discussões, visto que o ser humano é um ser dinâmico, regido por circunstâncias complexas onde apenas a sanidade física não é o bastante. O Policial Militar brasileiro tem como requisito para o ingresso na Corporação a sanidade física e mental, porém ao longo do sua carreira esses fatores não se mantém constantes quanto à qualidade e bem estar.

Na Polícia Militar há a problemática do ambiente de trabalho, onde a exaustão psicológica é experimentada diariamente. Medidas de intervenção psicológica são emergencialmente necessárias dentro dos quarteis policiais, pois é onde o profissional militar passa grande parte de seu tempo, trabalhando em coletividade com a corporação.

Atualmente, segundo pesquisas, a maior causa de afastamento policial são transtornos psicológicos e psiquiátricos, informação preocupante se tratando de profissionais que devem “Servir e Proteger”, pois para que se cumpra o próprio lema, exige-se condições de prontidão e disposição por completo. Não é possível desempenhar uma função de alto risco padecendo de transtorno de ansiedade, depressão, estresse pós-traumático.

O trabalho da Psicologia no ambiente policial deve ser proposto como Política Pública de maneira individualizada e coletiva, assim como o próprio trabalho do Policial Militar, visando minimizar as queixas emocionais, comorbidades, melhorando a coesão grupal e promovendo o bem-estar, dessa forma vindo a diminuir o afastamento de profissionais, suicídios, adoecimentos e prejuízos na atividade policial na sociedade brasileira.