Prós e contras da construção de uma Internet das Coisas

Apresentar soluções para problemas cotidianos e facilitar a vida dos usuários são preocupações das empresas que desejam ser competitivas no mercado capitalista. Para tanto, o mercado aposta na troca de informações entre objetos e usuários da tecnologia, facilitando o trabalho e permitindo maior eficiência na execução de tarefas, trata-se do termo internet das coisas. Diante de uma realidade tão promissora alguns desafios apresentam-se para empresas e usuários.

A preocupação com a demanda dos produtos está presente no cotidiano das organizações. A IoT pode ocasionar grandes mudanças no cotidiano dos usuários, tornando-se imprescindível. Esse é o caso do emprego da tecnologia no setor de saúde. Atualmente é possível transmitir informações de um paciente que está sendo transportado por ambulância com antecedência para o hospital. Tal praxi permite salvar vidas. Paradoxalmente, cresce o número de idosos na população mundial e esse publico é o que mais enfrenta dificuldades para utilizar as novas tecnologias. Não há como substituir totalmente alguns objetos da vida das pessoas por outros que dispõem da tecnologia OiT, o que veio para facilitar a vida de alguns pode se tornar o tormento na vida de outros.

A violação da privacidade e o uso indevido de informações pessoais é uma preocupação para as organizações e para os consumidores. As empresas são responsáveis pelos produtos que lançam no mercado e nos possíveis prejuízos que esses produtos possam, indiretamente, ocasionar na vida de seus clientes. Paralelamente, o avanço da tecnologia requer dos usuários entendimento e cuidado no seu uso. O compartilhamento e uso indevido dos dados pessoais é crime perante a jurisdição brasileira, no entanto, as penalidades não inibem o crescente aumento das fraudes.

Em suma, a internet das coisas é um recurso que promete facilitar cada vez mais a vida dos usuários e aumentar a lucratividade das empresas, porém seu uso deve ser cuidadoso. Cabe ao governo brasileiro fiscalizar, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, popularmente conhecido como Inmetro, se as empresas estão sendo cautelosas ao desenvolver produtos que preservem a intimidade e os dados de seus clientes, assim como cabe aos consumidores desses produtos utilizar a internet de forma consciente, sem se expor diante de fornecedores desconhecidos. A cautela é uma qualidade que pode facilitar as relações e transformar a vida das pessoas. Para inibir a má-fé, faz-se necessário a revisão da lei e o implemento de penalidades mais repreensivas por parte do ordenamento jurídico nacional.