Professor de Educação infantil- uma babá de luxo?

 

Segundo Postman (1999) no livro Desaparecimento da Infância, a infância não existiu na Antiguidade pois os menores eram tratados e criados como mini adultos. Somente no século XVIII que se instituíram na Europa as primeiras pré-escolas com forte caráter assistencialista.

No Brasil a criação das creches foi visualizada como um aperfeiçoamento da casa dos Expostos. E também como uma necessidade de atender os filhos da “nova mulher”, voltada para o mercado de trabalho que emergiram com o processo de industrialização e consolidação da sociedade capitalista. Ressalto ainda que no Brasil somente em 1932 com o programa educacional do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova que se reconheceu a importância e relevância da Educação Infantil para as crianças.

A educação infantil durante muito tempo não foi tratada com relevância na sociedade. No entanto, na sociedade atual e futuras gerações deve-se enfatizar que o trabalho exercido pelo professor de educação infantil é de fundamental importância no processo de desenvolvimento da criança, bem como no desenvolvimento psicomotor da criança em fase de crescimento.

Além do mais o acesso à educação infantil, pública, gratuita e de qualidade é assegurado pela Constituição Federal de 1988, como também pela diretrizes e bases da educação LDB 9394/96.

Neste sentido o professor de educação não deve ser considerado babá de luxo, é um profissional que estudou e entende a importância de desenvolver o cuidar e o educar na educação infantil e que estes são indissociáveis.

Por fim ressalto que na etapa de desenvolvimento da criança todas as situações diárias são atos educativos. Neste sentido as brincadeiras, jogos, atividades dirigidas, a alimentação e a escovação por exemplo, são educativos e buscam contribuir com a autonomia e a formação de identidade. São atos educativos de cuidar e educar para a vida.