Após o término da Primeira Guerra Mundial, a tendência artística modernizou-se, através da valorização das máquinas e do movimento, com o Futurismo. Paralelamente, no início do século XXI, com a pandemia do coronavírus – responsável pelo isolamento social e, portanto, impedimento parcial do acesso a locais fechados – o modo de se encarar a arte também foi transformado, migrando para o meio digital. No entanto, devido à diminuição da conjuntura pandêmica, observa-se, ainda, dificuldades geradas para a retomada da produção e consumo de arte, ocasionadas tanto pela falta de intervenção governamental, quanto pela má formação familiar.
Dessa forma, em primeiro lugar, vale ressaltar a insuficiência de ação estatal para solucionar o entrave supracitado. A esse respeito, Thomas Hobbes, filósofo contratualista, afirmava que existe um contrato firmado entre Estado e sociedade e, por isso, o Governo passa a ser responsável pelo bem-estar social. Em contraste, essa responsabilidade governamental não é observada, quando, apesar da atenuação da crise sanitária do novo coronavírus, poucas intervenções estatais são promovidas no sentido de viabilizar o consumo da arte. Pode-se afirmar isso, porque a maioria das pessoas se sente insegura para apreciar presencialmente as obras artísticas, visto que muitos dos espaços de exposição dessas são fechados, o que facilitaria o contágio da covid-19, a qual, apesar de grande decréscimo dos casos, permanece em circulação.
Nesse contexto, também é válido observar o impacto de uma formação inadequada por parte da família para a continuidade dos entraves voltados à produção e consumo da arte na contemporaneidade. Sob esse viés, o filósofo idealista Immanuel Kant defendia que “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Destarte, haja vista que a instituição familiar também é educacional, pois permite o ensino de valores éticos e culturais, de pai para filho, esse caráter educativo poderia ser aproveitado no sentido de mostrar o valor da arte, o que favoreceria o crescimento do seu consumo.
Depreende-se, portanto, que é notória a necessidade de intervenção por parte do Poder Executivo – responsável pela aplicação das verbas públicas em favor da sociedade -, por meio da contratação de arquitetos e engenheiros, os quais promoveriam a construção de locais abertos para exposição artística, com a finalidade de incentivar a produção e consumo de arte no período pós-pandemia.
meme
Olá! Não sou experto, mas vamos corrigir conforme critérios do ENEM:
Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa:
Bom, observar emprego das vírgulas
Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo;
Ótimo!
Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
Bom. Uso das conjunções adversativas, conclusivas e aditivas razoável.
Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
Bom. Não precisa de palavras rebuscadas, seja direta e objetiva.
Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Regular, pois já existem muitas verbas públicas para projetos artísticos (lei rouanet, editais, chamamentos públicos, ancine, museus…). Porém na concepção de “arte libertadora”, quem a financia a vicia, manipula, doutrina, portanto, Estado tende à doutrinar a arte. Vá ao exemplo de grafiteiros e influenciadores digitais, sendo financiado por várias fontes e deixando acessível à todos que passam pelas obras.
DeboraC
Possui bom domínio da norma culta e escreve muito bem, mas vamos lá para algumas dicas:
Introdução: “retomada da produção e consumo de arte, ocasionadas tanto pela falta de intervenção governamental, quanto pela má formação familiar.” Essa parte da má formação familiar não ficou muito clara, faltou especificar em quê? Também achei o termo um pouco pesado, que tal substituir por ausência de incentivo à cultura no contexto familiar?
D1 ok
D2 ótimo
Conclusão: Curta. Tenta alinhar a quantidade de linhas dos parágrafos. Que tal mencionar o Ministério da Cultura, as escolas, soluções como disponibilização de arte gratuita virtual durante o contexto da pandemia, devido a necessidade de ainda permanecer em isolamento, além da arte ao ar llivre?