Problemas na Alfabetização infantil no Brasil

A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6°, o direito à educação como inerente a todo cidadão brasileiro. No entanto, tal direito não tem se manifestado corretamente quando analisamos a alfabetização infantil, o que dificulta a universalização dessa prerrogativa tão importante à sociedade. Diante disso, convém analisarmos os fatores que contribuem para esse quadro.
Em uma primeira análise, é notória a diferença socioeconômica como um dos agravantes do analfabetismo infantil, tendo em vista que as famílias que possuem mais dinheiro, certamente terão mais oportunidades para a introdução de seus filhos a um ensino de qualidade desde cedo.
Ademais, é fundamental apontarmos a carência de investimentos em instituições públicas de ensino como um impulsionador do problema no Brasil, pois muitas escolas não possuem salas adequadas, bibliotecas ou até mesmo professores qualificados, levando em consideração que, a introdução da escrita e da leitura é fundamental nessa etapa de formação acadêmica da criança. Logo, é inaceitável que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso, é fundamental que o Ministério da Educação, juntamente com o Governo Federal, por intermédio de ações governamentais, proporcionem verbas para as instituições acadêmicas para a melhoria das mesmas. Outrossim, é de extrema importância que propiciam políticas sociais, como aumento da renda – via bolsa família e de auxílio monetário para pessoas em situações de miséria, para que, dessa forma, mais crianças tenham acesso à todo e qualquer meio de educação qualificado. Com tais implementações, o artigo 6° da Constituição Federal, cumprirá adequadamente as suas normas e passará a ser efetuado na prática.