Principais desafios para a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil. 

Embora a Constituição Federal de 1988 assegure o direito à educação para todos os cidadãos, percebe-se que, na conjuntura brasileira atual, não há o cumprimento dessa garantia, principalmente no que diz respeito a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil. Nesse sentido, urge que medidas sejam tomadas para minimizar essa falha no princípio de isonomia, motivado não só pela escassez de profissionais qualificados mas também pelo preconceito social.

Em primeiro plano, é lícito postular medidas governamentais para combater a exclusão do indivíduo com autismo no meio escolar, consequência direta da falta de profissionais adequados que entendam como funciona o comportamento e socialização dessas pessoas. Sob a perspectiva do economista britânico Sir Arthur Lewis, a educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido. Na esteira desse pensamento, percebe-se que, no Brasil não ocorre investimento na educação para a resolução do impasse. Deste modo, faz-se necessário a reformulação dessa postura estatal de forma urgente.

Ademais, o preconceito social também pode ser apontado como promotor dessa problemática. De acordo com o escritor Voltaire, o preconceito da raça é injusto e causa grande sofrimento as pessoas. Partindo desse pressuposto, constata-se que a sociedade alienada hodierna, estereotipando pessoas autistas como doentes e incapacitados, gerando preconceito em volta dessas pessoas devido o individualismo e a legalidade sobre o transtorno. Sob essa ótica, entende-se que o cidadão inclina a adotar essa “Atitude” com a falta de aceitação social do autista, mantendo uma postura apática e inerte.

Em suma, são necessárias medidas capazes de mitigar esse quadro alarmante. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação promover a capacitação de profissionais que possam garantir melhores condições aos autistas, por meio cursos onde ensinem como lidar com esses indivíduos, para que os mesmos possam ter melhores condições de educação e serem incluídos no meio escolar. Aos cidadãos resta, face do exposto, se informar sobre o transtorno, através de pesquisar e leituras, para que sejam aplacados os preconceitos para com os autistas. Assim, pode-se-á diminuir em médio e longo prazo a exclusão educacional e social da pessoa autista no Brasil.