Preservação ambiental no país

Preservação ambiental no país

Desde a primeira revolução industrial o advento de tecnologias vem trazendo um aumento na produtividade, industrialização e conseqüente urbanização, mas os impactos dessas profundas modificações estão cada vez mais claros, como pode ser visto, por exemplo, no constante desmatamento da floresta Amazônica. Segundo o romancista, poeta, dramaturgo e ativista pelos direitos humanos francês, Victor Hugo: “É triste pensar que a natureza fala e o gênero humano não a ouve”.

Nesse contexto em que o consumo é necessário para a sustentação do sistema, também se faz necessária a constante degradação do meio ambiente em um ciclo sem fim. Dessa forma, mecanismos como a obsolescência programada e a propagação do consumo como meio de preencher lacunas da vida, como é bem representado pelo personagem principal do filme “Clube da Luta”, dirigido por David Fincher, fazem com que todos os bens de consumo sejam efêmeros e rapidamente substituíveis, tornando-se lixo que polui o meio ambiente. Sendo assim, as matérias-primas precisam ser constantemente retiradas do meio natural e, posteriormente, transformadas em bens materiais por meio da industrialização.

Ademais, as grandes indústrias não tomam a degradação do meio ambiente como um prejuízo, mas sim como lucro. Como exemplo existe o constante desmatamento em áreas ilegais na Amazônia, mais barato para as empresas que a plantação de árvores e posterior extração de forma legal. Além disso, a falta de fiscalização e até mesmo de medidas que impeçam o despejo de poluentes das indústrias no meio ambiente fazem com que esse seja um dos maiores fatores de poluição atualmente, diminuindo a qualidade de vida dos moradores dos entornos, acabando com biomas aquáticos e poluindo mananciais de água, entre outras conseqüências.

Portanto, algumas iniciativas podem e devem ser tomadas. A reutilização e conserto de bens materiais, bem como feiras de trocas, realizados pelas próprias pessoas da comunidade dariam um novo significado e aproveitamento às coisas que de outra forma se tornariam lixo; além da conscientização sobre uma redução do consumo desde a infância, com escolas promovendo atividades que mostrem como o reaproveitamento é possível. Em virtude dos fatos, é necessária uma maior fiscalização e punição por parte do Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Ministério da Justiça às empresas que negligenciam a questão ambiental e para que as empresas passem, inclusive, a tomar medidas de proteção ao meio ambiente.