Observa-se que no atual cenário social brasileiro há muita diversidade linguística, o que resulta na zombaria de um cidadão para com o outro. Entretanto, esse preconceito passa a ser estabelecido a partir de estereótipos étnicos culturais, por conta da regionalidade como também pelo fator socioeconômico que ganham tamanha relevância na sociedade em questão, visto que o etnocentrismo tem um poder de persuasão colossal.
Dentre os inúmeros motivos que levaram ao aumento do preconceito linguístico, têm-se como causa primordial a questão regional, que por sua vez, espelha a superioridade de regiões sulistas as nordestinas. Bem como os gibis de Maurício de Sousa que narram a vida da turma da Mônica na Vila, em contrapartida a história de Chico Bento, um personagem caipira que enfrenta dificuldades quando vai à cidade e é questionado a respeito de seu linguajar. Em consequência disso, nota-se que a localidade tem uma grande influência no que se refere ao preconceito linguístico.
No que tange a hegemonia entre uma cultura à outra vê-se que a condição econômica é um elemento crucial no que diz respeito a essa implicância. No Brasil, esse ponto, gera impasses na educação básica de qualidade e em decorrência disso, há uma taxa vultosa de informalidade, o que faz com que a maioria das pessoas e seus grupos sociais passem a conversar através de suas próprias expressões, como as gírias advindas principalmente de zonas periféricas. É inegável que para boa parte da população a coloquialidade ainda é motivo de exclusão social, uma vez que a padronização da língua falada virou sinônimo de intelectualidade.
Sendo assim, fica claro que a língua tem sido essencial na segregação do indivíduo. Portanto, se faz necessário que escolas, instituições maiores de ensino educacional, por meio de debates abordem esse tema de maneira ampla e conceituada para que haja um avanço coletivo no país na agregação de todas as variantes da língua portuguesa, relativizando assim, que não há uma única língua a ser falada e que todas são heranças culturais que enriquecem o país.
francisco
Constitui em boa redação, continue praticando textos dissertativos que você logrará êxito. Apresenta domínio da língua padrão, articulação dos argumentos estão fundamentos nas discussões do texto. Contudo, reveja as cinco competências cobrada na redação para possa compreender os elementos essenciais de um redação e suscita em elevação na sua nota.
Antônio123
1) Na introdução sua tese está bem construída. Há no entanto, erros de coesão e adequação á norma culta padrão. O primeiro, se encontra na frase …”há muita diversidade linguística, o que resulta na zombaria de um cidadão para com o outro”. De início, essa frase ficou mal colocada . Evidentemente, o que resulta essa “zombaria”( eu trocaria essa palavra) não é a diversidade linguística em si, mas a falta de alteridade das pessoas e o etnocentrismo, que posteriormente você coloca. O segundo erro está no uso de “por conta da…”.Esta colocação destoa da linguagem culta, pois se trata de uma ligação informal. Nesta colocação …”estereótipos étnicos culturais”, deu certa ambiguidade. Os esteriótipos étnicos que são culturalizados pelas pessoas, ou você queria falar de esteriótipos da etnia e da cultura que são modulados pelo preconceito?. O uso da palavra “Colossal”, transcende o sentido de grande persuasão do etnocentrismo, pois aproxima-se de de um sentido hiperbólico ( que não é bom ao texto).
2) No 2º parágrafo: Uso de crase em (“sulistas às nordestinas”). Personagem é substantivo feminino, portanto “uma personagem”. Nesta colocação …”vai à cidade” não se usa a crase. Faltou engajar um pouco mais a argumentação nesse parágrafo, mas ficou bem coeso.
3) No 3º parágrafo: nessa frase … “hegemonia entre uma cultura à outra”, não se uso o “à” com crase. Como possui duas variáveis, use o “e” ( entre uma cultura e outra). uso de …”essa implicância” ficou desconexo, pois não sei qual é ( de forma pressuposta sim, mas o ideal é que você retorne á tese com uso de sinônimos). Falta-lhe repertório sociocultural nesse parágrafo, isto faz você perder ponto embora sua argumentação esteja muito boa.
4) Na conclusão, você apresenta os agentes paliativos, a finalidade de uma ação interventora, porém o modo se confunde com a ação proposta, e como você não detalha essa ação de forma eficaz, o corretor pode compreender que você não apresentou a proposta de intervenção que é a parte crucial do texto.
*OBS: Com a questão das vírgulas, eu nem me atentei muito, pois eu ainda tenho algumas dúvidas na sua colocação.
* As notas de acordo com minha correção
C: 160 = pelos pequenos erros evidenciados.
C: 120 = falta repertório sociocultural
C: 160 = embora se ligue a comp. 2, sua linha de interpretação e argumento foi bem feita.
C: 120 = erros de crase e coerência entram aqui
C: 120 = pela falta de uma ação interventora concreta, que é a parte crucial.
nota final: 680 ( minha opinião, talvez você ou alguém não concorde)
Espero ter te ajudado, e continue se dedicando sempre que esse ano vamos rumo ao 1000!
Abraços!
MArielly
Olá! Sua redação foi muito bem escrita e pertinente com o tema. Continue escrevendo e alcançará a nota máxima! ;) Nota: 800
Atente-se a algumas observações:
— ” atual cenário social brasileiro” evite AO MÁXIMO usar adjetivos temporais como o “atual”, pois, lembre-se sua redação precisa ser atemporal, lida em qualquer tempo e bem entendida.
— ” como também” para usar essa locução conjuntiva, vc precisa ter usado uma q interligue sua ideia antes. ex: não só…… como também……
— “regiões sulistas as nordestinas” faltou o uso da crase
–“Bem como” poderia ser usado “como exemplo”, pois a construção da sua frase ficou confusa
— “cultura à outra” no lugar do à o certo é o “e”
— “esse ponto, gera impasses” vírgula incorreta
— “Portanto, se faz” o certo é faz-se. Lembre-se que o pronome oblíquo átono não pode iniciar orações
— conclusão boa, mas poderia ter sido mais explorada, por exemplo, na maior demarcação do “o quê” “quem” “como”
Denilson
Redação muito boa ,
Sua tese ficou bem explícita,
Defendeu muito bem o seu ponto de vista, a exemplo da citação do gibi do Maurício de Souza, cujo dá ênfase ao cenário atual.
Além disso, o segundo desenvolvimento é uma questão coincidentemente com a atualidade brasileira.
Boa proposta de intervenção.
Só os períodos ficaram um pouco extensos.
960 pontos.