Precarização do Sistema Único de Saúde

O Sistema Único de Saúde (SUS), universal e gratuito, atendendo 75% da população, surgiu após a Constituição Federal de 1988 (Politize, 2008). Antes desse período, prestava-se assistência médica apenas para trabalhadores vinculados a Previdência Social. No entanto, em função da crise econômica ocorrida recentemente, ocasionou a precarização desse serviço. Dentre as causas para este problema estão o aumento da procura por atendimento e o subfinanciamento do governamental.

Primeiramente, pode-se afirmar que o crescimento do desemprego ocasionado pela crise econômica e pela reforma da previdência, aliado entrada de imigrantes no Brasil, ocasionou maior procura por atendimento nesse modelo de saúde, tornando os recursos insuficientes para cumprir a demanda. Dessa forma, aumentou-se a demora por agendamento de consultas e cirurgias, até mesmo de casos urgentes.

Além disso, o Governo Federal repassou menos recursos para investimentos e manutenção do SUS por causa da aprovação da PEC 251 no Brasil em 2016. Entre as consequências deste fato estão à falta de equipamentos e materiais de expediente com possibilidade de aparecimento de superbactérias; a pouca mão de obra disponível para realizar o atendimento da população, e o retorno de doenças já erradicadas como sarampo e febre amarela.

Desta maneira, o SUS vem sofrendo uma precarização, em função do aumento da procura por atendimento e menor repasse financeiro do Governo Federal para Estados e Municípios, apesar de ser referência epidemiológica. Diante dos fatos expostos, torna-se necessário que o Ministério da Saúde foque mais na prevenção de enfermidades do que nela em si, além de disponibilizar mais recursos para gerenciamento das unidades médicas, com contratação de mais médicos, principalmente fora dos grandes centros urbanos. Dessa forma, ocasionará menor acesso ao Sistema, filas para agendamento e retorno de doenças já erradicadas, garantindo o que se preconiza na Carta Magna.