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Por que dirigir embriagado ainda é uma prática recorrente na sociedade brasileira

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A campanha internacional Maio Amarelo surgiu com a intenção de conscientizar condutores ao redor do mundo sobre o alto índice de acidentes graves nas estradas. Contudo, vê-se que, no Brasil, ao contrário do que a campanha sugere, muitos motoristas seguem desobedecendo normas de trânsito, trazendo riscos às suas vidas e à vida de outras pessoas. Nesse contexto, uma das leis mais quebradas no território nacional é a “Nova Lei Seca” – que restringe o consumo de álcool associado à condução de veículos –, seja pela ineficiência em alguns pontos da lei, que só pune fortemente o infrator em alguns casos, ou pela pressão social sobre os condutores.

Em primeiro plano, o fato de as penas aplicadas só serem realmente severas quando alguém fica ferido ou, infelizmente, vem a óbito faz com que muitos condutores não levem a lei a sério. De acordo com as atualizações do CTB e da Lei Seca, enquanto em casos de homicídio culposo, sem haver real intenção, a pena pode chegar a oito anos de detenção e proibição do direito de dirigir, quando não há feridos a pena máxima é de três anos. Além disso, o fato de existir fiança para esse crime também tranquiliza muitos infratores, fazendo-os não deixarem de infringir a lei. Desse modo, ao invés de desestimular os motoristas a dirigirem embriagados, a lei, de certa forma, os respalda.

Ademais, a pressão que alguns condutores sofrem de amigos, familiares ou outras pessoas é mais um fator relacionado ao ato de dirigir alcoolizado. Nesse sentido, é possível observar um comportamento de manada entre vários destes condutores, que veem outros cometendo tal infração e saindo impunes, associado à pressão, comum em rodas de amigos, que os levam a beber e dirigir. Segundo Agnes Heller, filósofa húngara, o preconceito é uma forma de coesão social, ou seja, pessoas estão propensas a adotar um comportamento que é comum a um grupo para não serem discriminadas. Logo, muitos condutores adotam essa prática, cedendo à pressão das pessoas que estão ao seu redor.

Portanto, mais do que só conscientizar motoristas e puni-los severamente em casos graves, é necessário pensar em outras ações para mitigar o problema. Dessa forma, o Contran – órgão máximo do trânsito brasileiro – deve criar um setor responsável apenas em conscientizar a população geral, não só motoristas, e fiscalizar as rodovias, por meio de interação com a PRF, sendo assim mais eficaz, a fim de dando enfoque na Lei Seca, ser mais eficiente no combate ao problema mais frequente do trânsito brasileiro.

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1 Correção

  1. Boa tarde.

    No seu desenvolvimento um, senti que a citação da CTB e a explicação da lei atual ficou meio largada, não tendo um desenvolvimento adequado, além de não ser retomada. Somente erros de português foram notáveis, mas não sou experiente nisso.

    Na sua conclusão só faltou retomar novamente sua introdução.

    Congratulations.

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