Em meio a pandemia de COVID-19, a frase “Fique em casa” tornou- se uma das recomendações imprescindíveis para combater o avanço do vírus. No entanto, essa prática é inviável para algumas pessoas, principalmente, para os moradores de rua, visto que, por serem negligenciados pelo Estado, são privados dos seus direitos constitucionais.
Primeiramente, nota-se uma enorme ineficiência do Estado para amenizar a problemática. Na Grécia antiga, o pensador Diógenes morava nas ruas e frequentemente pedia esmolas para as estátuas de olhos vazados, característica da estatuária grega, depois de tanta insistência ele se habituara à recusa e se aborrecia pelo fato de não ser atendido. Análogo as estátuas gregas, o Poder Público tem “olhos vazados” que não vêem e nem sentem as situações precárias vividas pelos sem-tetos.Dessa forma, esse tipo segregação fere a dignidade dessa parcela da população,que, assim como os outros, são também cidadãos brasileiros.
Como consequência desse marginalização, percebe-se uma exclusão dessa camada social aos direitos humanos, como a educação, a segurança e trabalho decente. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), no ano de 2015 a população em situação de rua ultrapassava os 100 mil. Essa condição impossibilita o acesso dos sem- tetos ao sistema de ensino e ao mercado de trabalho, o que incentiva a adesão deles ao mundo das drogas e do crime. Ademais, eles estão vulneráveis a violência urbana, pois é bastante comum pessoas de mau caráter atearem fogo enquanto eles dormem e muitos deles tem seus documentos roubados. Assim, observa-se que essa parte da população sofre grande discriminação e invisibilidade social.
Sendo assim, torna- se imperativo que o Estado crie políticas públicas de inclusão social para os sem- tetos, por meio da construção e manutenção de casas – abrigos que irão fornecer moradias temporárias, nas quais ofertarão o ensino educacional para crianças e jovens e cursos técnicos profissionalizantes aos adultos. Tais medidas proporcionarão oportunidades para a entrada no mercado de trabalho e, consequentemente, uma melhoria de vida. Apenas sobre tal perspectiva, os “olhos vazios” da sociedade passarão a ver a realidade e atenderão aos anseios de muitos “Diógenes” espalhados pelas ruas do Brasil.
Dhamarys Lorrayne
Sua redação está muito boa! Gostei da sua contextualização na introdução, pois é extremamente atual. No entanto, busque deixar suas duas teses claras, percebi somente uma (negligenciamento por parte do Estado). Aconselho que você mostre duas teses na sua introdução, porque assim, seus parágrafos de desenvolvimento terão uma progressão melhor. A estruturação dos seus desenvolvimentos foram excelentes, com o tópico frasal, explicação e consequência, parabéns. Percebi alguns errinhos gramaticais, mas acredito que pode ser sido por falta de atenção, atente-se para isso. Além disso, tente colocar um elemento coesivo depois de cada ponto final. assim suas chances de fechar a competência IV será ainda maior. Por fim, sua conclusão está com a proposta de intervenção completa e detalhada,entretanto, busque detalhar mais os agentes. Parabéns pela sua finalização retomando ao seu repertório sociocultural, porque isso deixou o seu texto todo coeso.
I- 140
II- 160
III- 200
IV- 140
V- 160
Total= 800
Continue praticando e saiba que você vai longe. Caso seja de seu interesse compreender melhor as competências da redação e como é feita a pontuação acesse o site: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/418-enem-946573306/81381-conheca-as-cinco-competencias-cobradas-na-redacao-do-enem
Parabéns, lembre-se que a prática leva a excelentes resultados. Se você puder me ajudar corrigindo minha última redação eu ficaria lisonjeada, desde já muitíssimo obrigada e bons estudos!!!!