Pluralidade familiar no Brasil : desafios e perspectivas

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“Família é uma instituição fundamental para a sociedade”, segundo a proposta de Émile Durkheim. No entanto, tal célula básica da sociedade é formada, na contemporaneidade, por diversos modelos. Nesse contexto, a pluralidade familiar no Brasil apresenta pesperctivas como o sentimento de pertencimento. Além disso, também manifesta desafios nos quais é observada a discriminação pela união homoafetiva e uma completa negligência com a adoção homoparental.
A priori, no Império Romano, o conceito de família passou a designar a união entre duas pessoas e seus descendentes, fato que se alterou na atualidade, na qual outros modos de constituir família foram reconhecidos. Dessa forma, a multiplicidade familiar criou um sentimento de integridade na sociedade, em que homossexuais, através do casamento civil autenticado a partir do ano de 2013, adquiriram sentimentos de pertencimento com a autonomia para uma formação familiar. Outrossim, as famílias sem laços sanguíneos passaram a ter a relação afetiva sendo levada em consideração, ao invés do DNA.
A posteriori, o Brasil, mesmo com o casório civil homossexual, apresenta muitos casos de preconceitos contra os LGBTS em que cerca de 49% da população brasileira discorda com esse tipo de casamento, de acordo com um levantamento feito pela agência Hello Research. Nesse sentido, percebe-se uma discriminação na qual muitos acreditam que a homossexualidade seja considerada crime ou até pecado, de acordo com algumas religiões, fato que costuma ser passado de maneira atavista. Além disso, os homoparentais passam por uma negligência geral da sociedade para a realização do processo de perfilhação, devido pessoas preconceituosas considerarem que a futura criança seguirá a mesma orientação sexual dos pais ou por apenas não seguirem a estrutura cultural da família tradicional composta por heterossexuais.
Destarte, é dever da Secretaria da Cultura promover debates e rodas de conversa em praças públicas com o fito de informar a população sobre as diferentes formações familiares por meio de filmes como “Lion – Uma Jornada para Casa”, que retrata como a família vai além de laços sanguíneos. Além disso, as escolas atreladas às próprias famílias devem trabalhar na educação do cidadão, mostrando que viver em coletividade é conviver com a pluralidade em geral, a fim de tornar decrescente os casos de preconceito. Portanto, de acordo com essas medidas, cabe afirmar a possibilidade do combate ao pensamento retrógrado existente na sociedade em relação à formação de uma instituição fundamental, retomando a ideia de Durkheim supracitada.

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3 Correções

  1. Pra mim, o texto está ótimo, bem estruturado, pode-se ver que os argumentos foram bem trabalhados, atende a todas as competências necessárias que exigem no Enem, no entanto, senti a falta de um conectivo de conclusão, e tem algumas repetições, tirando isso está perfeito, a solução foi bem trabalhada, tem um agente, o meio/modo, a ação, o detalhadamento e a finalidade, que são os tópicos fundamentais, parabéns ;)

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  2. O texto foi muito bem escrito. As únicas falhas que observei foi a repetição de algumas palavras como discriminação, família e familiar. Além disso também observei a falta de discurso inicial na conclusão, responsável por introduzir a proposta de intervenção, no texto acima a conclusão ja começa na proposta de intervenção

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  3. Oi Rafaela, tudo bem?
    digo que sua redação é uma das, senão a melhor redação que já li. Ha oralidade e fluência nas palavras, o que torna prazerosa a leitura.
    Em âmbito técnico, creio eu que atingiu todas as 5 competências do enem. Compreendeu o tema, argumentou de forma a mostrar sua opinião sobre o assunto e deu proposta de intervenção que intervem com acoes sociais e políticas.
    nota: 1000

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