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Pluralidade familiar no Brasil. Por favor corrija criterio ENEM.

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Há uma década, as famílias brasileiras têm se diversificado na forma e no tamanho. Nesse âmbito, o jornal O Globo apresentou dados entre 2000 e 2010 de redução do número de filhos por casal e do aumento de uniões estáveis. Além disso, a globalização promoveu maior difusão de informações na sociedade e muitos esperavam que o compartilhamento de diversas realidades fosse suficiente para uma plena aceitação das diversidades familiares. No entanto, isso não aconteceu, aliás no que diz respeito à pluralidade familiar no Brasil, ainda se encontra falta de respeito perante as divergências e à imposição de valores considerados mais “certos”.

Em primeiro plano, vale ressaltar que em frente à tal situação é perceptível uma divisão social entre dois grupos: aqueles que defendem o modelo familiar tradicional (heteroafetivo) e os que defendem o modelo familiar plural (homoafetivo). Nesse viés, vê-se de ambos os lados a tentativa de sobreposição de valores na sociedade de forma à desconsiderar os direitos um do outro. Esse comportamento promove manifestações, brigas na justiça, dentre outras confusões. Porém, consoante à Constituição de 1988, no artigo 6º : ” Todo cidadão tem direito à família, à moradia e à educação”. Por isso, não é correto uma definição de família se impor sobre a outra. Assim, os grupos precisam ser reconhecidos, bem como o limite entre eles. Para a sociedade crescer de forma saudável.

Por outro prisma, não bastou as conquistas de direitos como a liberdade de expressão e a maior participação das mulheres no mercado de trabalho; ainda assim a falta de respeito prevalece quando se trata de definição familiar. A não aceitação do próximo por causa de suas diferenças é um problema cunhado na ausência de educação social. Pode-se claramente ver isso segundo o filósofo Immanuel Kant “O homem é aquilo que a educação faz dele”. Analogamente à citação de Kant, caso o indivíduo seja ensinado sobre a importância do respeito à pluralidade familiar, poderá essa geração entender menos do que uma que não fora ensinada? De maneira nenhuma. Destarte, à uma população educada para respeitar não há barreiras para o desenvolvimento social.

Logo, para sanar os impasses no que tange à imposição de de valores e a falta de respeito quanto a pluralidade familiar mesma, é preciso projetar uma educação de respeito e reconhecimento. Para tanto, o Ministério da Educacao deve promover palestras de conscientizacao no Ensino Fundamental de Escolas Públicas e em reuniões de pais e mestres – para tratar da diversidade familiar entre heteros e homoafetivos. Essas palestras devem ocorrer semestralmente e ser transmitidas por meio de pequenos documentários e de debates com profissionais nas áreas da psicologia e sociologia. Tudo isso, com a finalidade de erradicar a sobreposição de modelos familiares na sociedade brasileira.

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1 Correção

  1. Boa tarde, sua redação está excelente, você usou citações de autoridades, usou conjunções que não são comuns como por exemplo “destarte” e demonstrou domínio da norma culta. Quanto ao conteúdo também demonstrou conhecimento e sua redação está em conformidade com o que dispões os direito humanos. Quero fazer apenas uma observação, no segundo parágrafo você diz que o modelo plural de família é o homo afetivo, porém não necessariamente será desta forma, pode-se ter um modelo de família pluralizada que seja hétero afetiva. Repetindo, a redação está excelente! Parabéns!

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