Pirataria no Brasil

 A obra “Modernidade Líquida”, do sociólogo Zygmunt Bauman, retrata que a falta de solidez nas relações pessoais, políticas e econômicas são características das modificações ocorridas no século XX. Nesse viés, a pirataria virtual representa um impacto dessas alterações, uma vez que este crime viola os direitos dos autores e é praticado para o lucro financeiro. Dessa maneira, a criminalidade online tem uma crescente no país, que causa a insatisfação e insegurança dos comerciantes.

        A priori, é evidente que o crime virtual no Brasil é fruto da falta de políticas públicas direcionadas na segurança. Nessa perspectiva, o filme chamado “Truque de Mestre”, retrata a facilidade dos hackers em invadir os sistemas comunicativos, além de acessar e roubar informações pessoais, que deveriam ser secretas. Fora de ficção, essa realidade mantém-se presente e muito influente nas relações pessoais. Por conta disso, os comerciantes passam por dificuldades quanto a aceitação e efetivação dos seus direitos, pois, atitudes como a violação torna-se cada dia mais comum, sendo clara a deficiência causada pela falta de políticas públicas.  

          Outrossim, é possível destacar a razão desse crime, que é o papel econômico do indivíduo. De forma análoga, segundo o filósofo Immanuel Kant, nós não podemos tratar as pessoas como meio para algum fim, mas como fins para si mesma. Desse modo, os autores não são apenas meios para produzir lucros aos corruptos, mas possuem fins em si mesmo, por serem pessoas dignas de direitos. Em virtude disso, é inadmissível que uma profissão ligada ao lazer e entretenimento para sociedade tem precárias condições de trabalho no Brasil.

           Portanto, o combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço do roubo online, deve tornar-se efetivo, visto a violação desse impasse e o lucro econômico indevido dos ladrões. Sendo assim, desde que haja parceria entre o governo, comunidade e ministério da cultura, será possível amenizar a pirataria em questão, por meio de uma lei, a qual impossibilita esse consumo irregular. Enfim, construindo uma sociedade mais fiel aos verdadeiros criadores das obras.