OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DOS AUTISTAS
A Declaração Universal dos Direitos Humanos — promulgada pela ONU em 1948— assegura a todos os indivíduos o direito a educação e ao bem-estar social. Todavia, no cenário brasileiro atual, observa-se justamente o contrário quanto aos desafios da inclusão dos autistas no Brasil, dado que para uma grande parcela da população esse assunto é negligenciado e irrelevante. Desse modo, faz-se pertinente debater sobre o desconhecimento desse transtorno bem como da falta de qualificação adequada dos profissionais de saúde.
É relevante destacar, primordialmente, que o conhecimento sobre pode mudar a visão da sociedade em um âmbito respeitoso e acolhedor. Nesse viés, a ausência de informação acerca dos Transtorno do Espectro Autista – TEA, ocasiona o preconceito e a exclusão social. Por exemplo, segundo a pesquisa da Universidade de São Paulo, uma criança autista de 3 anos foi rejeitada por uma escola particular posto que “era preciso preservar a integridade dos demais infantes”. Logo, é notório que se o instituto educacional tem essa concepção acerca desse transtorno — uma vez que esse ramo deveria englobar todo e qualquer indivíduo, independente da deficiência — boa parte da sociedade não tem o preparo necessário para lidar com pessoas especiais. Aliás, excluindo esses cidadãos do contato social, não permite usufruir dos direitos básicos garantidos pela DUDH.
Por conseguinte, a carência de qualificação multiprofissional inibem o tratamento desses cidadãos. Diante disso, em conformidade com a Lei 12.764— os indivíduos com espectro autista são assegurados no direito ao diagnóstico, terapia nutricional, medicamentos e no atendimento multiprofissional. Nessa lógica, é possível perceber que é direito desses indivíduos o acesso a uma atenção integrada por corpos multiprofissionais, todavia a não efetivação plena desse direito, torna a Lei inválida. Com isso, esses benefícios são garantidos somente na norma, ou seja, não são totalmente cumpridos em sociedade e, continuam a permanecerem no papel. Dessa forma, deve-se aperfeiçoar o suporte médico para o bem-estar desses cidadãos, pois, melhora o comportamento no âmbito comunicativo.
Em síntese, urge que o Ministério da Educação influa em prol da disseminação de informações concretas à respeito do transtorno do espectro autista. Com o fito de exibir às pessoas a importância da temática.Tal ação pode ser feita mediante a campanhas didáticas suas redes digitais, escolas e ONG’s informando melhor a população sobre o conhecimento desse transtorno. Outrossim, essa propagação deve qualificar a comunidade em lidar com as desigualdades para que sejam trabalhados valores como respeito, tolerância e aceitação. Saliente-se ainda que o Ministério da Saúde capacite equipes multiprofissionais na assistência social e no tratamento do TEA. Isso pode ser executado através de treinamentos especializados em todo o campo de saúde do país, formando psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas e fonoaudiólogos no acompanhamento interdisciplinar. A fim de que haja um progresso positivo no desenvolvimento dos autistas.
karinalima
Quero começar lhe parabenizando pela redação!!!
Demonstrar domínio da norma culta 190
Compreensão da proposta 180
Selecionar, relacionar argumentos 180
Demonstração de conhecimento para a Construção da argumentação 190
Elaboração da proposta de solução para o problema 200.
Nota final 940.
Espero ter ajudado!!!
Maria Amélia Ferreira de Avelar
Olá!
Eu adorei sua redação,você tem ótimos argumentos,soube abordar muito bem o tema, citando a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Lei 12.764. Cuidado com o tamanho dos argumentos e da conclusão, porque a folha de redação do ENEM tem no máximo 30 linhas.
Você escreve muito bem. Parabéns.
Nota: 920