Pessoas sem documento no Brasil: causas e consequências

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Na Grécia Antiga, mulheres e escravos não eram considerados cidadãos, tal conceito era exclusivo aos homens livres, o que os garantia seus direitos. Semelhantemente, na contemporaneidade, mesmo com a abolição da escravidão e a gradativa conquista de direitos femininos, ainda é possível perceber a ausência de cidadania, expressa, dentre outros fatores, na existência de pessoas sem documentos no Brasil. Nesse sentido, é imprescindível debater acerca de como essa problemática está relacionada à irresponsabilidade paternal quanto aos registros iniciais dos filhos e ao descaso estatal com a difusão da importância dos documentos para o pleno exercício da cidadania.

Convém ressaltar, primeiramente, que a irresponsabilidade por parte dos pais quanto aos registros dos filhos é um dos principais fatores para os elevados índices de indivíduos sem documentação. Nessa perspectiva, de acordo com uma pesquisa do IBGE, cerca de 1,5% de toda a população brasileira não possui documentos pessoais como a certidão de nascimento. Tais pessoas encontram-se como não-cidadãs, deixando de possuir direitos como saúde e educação, proveniente de uma falta de planejamento parental para lidar com os documentos do filho, o que acarreta na perda da cidadania do indivíduo. Dessa forma, a ausência de registros pessoais no Brasil está diretamente ligada à não preocupação dos pais com a documentação das crianças.

Outrossim, o descaso estatal em disseminar a importância e os meios de ajustar a vida documental colabora para um número ainda mais alto de pessoas sem registros. Nesse viés, pode-se citar a Constituição Federal de 1988, que garante a cidadania ao indivíduo, sendo dever do Estado garanti-la à toda a população. Entretanto, informações relacionadas à regulamentação dos documentos pessoais  não são presentes nas vias informativas governamentais, deixando muitas pessoas desinformadas quanto aos procedimentos necessários e as implicações de não os realizar. Dessa maneira, a pouca atuação estatal para informar o restante da população que ainda não conhece sobre o assunto resulta no elevado número de pessoas brasileiras sem registro.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de melhorar o quadro brasileiro relacionado às pessoas sem documentação. É preciso que o Ministério da Cidadania crie políticas públicas que visem informar a população a respeito da importância de manter seus documentos em dia, por meio de campanhas publicitárias e midiáticas através dos seus canais oficiais de comunicação, conscientizando a sociedade da importância de estar registrado. Ademais, também é necessário um acompanhamento à domicílio para a instrução de pais de classes baixas que não possuem acesso às campanhas de divulgação. Por meios como esses, será possível regularizar a documentação da população brasileira e garantir a cidadania diferentemente da Grécia Antiga.

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4 Correções

  1. Na Grécia Antiga, mulheres e escravos não eram considerados cidadãos,[1] tal conceito era exclusivo aos homens livres, o que os garantia seus direitos. Semelhantemente, na contemporaneidade, mesmo com a abolição da escravidão e a gradativa conquista de direitos femininos, ainda é possível perceber a ausência de cidadania, expressa, dentre outros fatores, na existência de pessoas sem documentos no Brasil. Nesse sentido, é imprescindível debater acerca de como essa problemática está relacionada à irresponsabilidade paternal quanto aos registros iniciais dos filhos e ao descaso estatal com a difusão da importância dos documentos para o pleno exercício da cidadania.

    [1]; Aqui deveria ter um ponto ou uso de algum elemento coesivo como “considerados cidadãos, visto que tal conceito”.
    *Você deu uma ótima contextualização ao apresentar o conceito de cidadão na antiguidade grega.
    *Deixou a sua tese bem expressa
    *ótimo encaminhamento argumentativo! Soube dizer quais argumentos utilizará.

    Convém ressaltar, primeiramente, que a irresponsabilidade por parte dos pais quanto aos registros dos filhos é um dos principais fatores para os elevados índices de indivíduos sem documentação. Nessa perspectiva, de acordo com uma pesquisa do IBGE, cerca de 1,5% de toda a população brasileira não possui documentos pessoais como a certidão de nascimento. Tais pessoas encontram-se como não-cidadãs[1], deixando de possuir direitos como saúde e educação, proveniente de uma falta de planejamento parental para lidar com os documentos do filho, o que acarreta na perda da cidadania do indivíduo. Dessa forma, a ausência de registros pessoais no Brasil está diretamente ligada à não preocupação dos pais com a documentação das crianças.

    [1]: Se escreve sem o hífen. De acordo com o novo acordo ortográfico, “O não como prefixo, antes grafado com hífen, mediante a nova reforma ortográfica passou a ser grafado sem hífen”.
    *Tirando esse pequeno desvio gramatical, não tenho nada a negativar em seu desenvolvimento. Soube desenvolver muito bem sua argumentação mantendo dados consistentes e usou muito bem os conectivos.

    Outrossim, o descaso estatal em disseminar a importância e os meios de ajustar a vida documental colabora para um número ainda mais alto de pessoas sem registros. Nesse viés, pode-se citar a Constituição Federal de 1988, que garante a cidadania ao indivíduo, sendo dever do Estado garanti-la à toda a população. Entretanto, informações relacionadas à regulamentação dos documentos pessoais não são presentes nas vias informativas governamentais, deixando muitas pessoas desinformadas quanto aos procedimentos necessários e as[1] implicações de não os realizar. Dessa maneira, a pouca atuação estatal para informar o restante da população que ainda não conhece sobre o assunto resulta no elevado número de pessoas brasileiras sem registro.

    [1]: Acho que aqui deveria usa a crase, não tenho 100% de certeza. Portanto, não considerarei como desvio.
    Novamente, nada a criticar e usou muito bem o repertório sociocultural.

    Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de melhorar o quadro brasileiro relacionado às pessoas sem documentação. É preciso que o Ministério da Cidadania crie políticas públicas que visem informar a população a respeito da importância de manter seus documentos em dia, por meio de campanhas publicitárias e midiáticas através dos seus canais oficiais de comunicação, conscientizando a sociedade da importância de estar registrado. Ademais, também é necessário um acompanhamento à domicílio para a instrução de pais de classes baixas que não possuem acesso às campanhas de divulgação. Por meios como esses, será possível regularizar a documentação da população brasileira e garantir a cidadania diferentemente da Grécia Antiga.

    *Sua conclusão está sensacional! Meus parabéns, pessoa! Aliás, você cumpriu com todos os 5 elementos necessários.

    c1:160
    c2: 200
    c3: 200
    c4: 200
    c5: 200
    NOTA: 960

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  2. Opa, prazer!
    Seu texto está bem estruturado, na introdução deixou claro a tese e os assuntos direcionados aos parágrafos de desenvolvimento. Bem objetivo!
    Desenvolvimento 1 e 2
    Você contextualizou os assuntos com dados estatísticos e citações. Gostei muito do seu aprofundamento em cada temática.
    Conclusão
    Boa proposta de intervenção e vi aqui que conseguiu responder de acordo com as perguntas. Bom detalhamento!

    Não sou corretor profissional, só tentei ajudar. Me desculpa alguma falha.

    Nota:960

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  3. Na Grécia Antiga, mulheres e escravos não eram considerados cidadãos, tal conceito era exclusivo aos homens livres, o que os garantia seus direitos. Semelhantemente, na contemporaneidade, mesmo com a abolição da escravidão e a gradativa conquista de direitos(1) femininos, ainda é possível perceber a ausência de cidadania, expressa, dentre outros fatores, na existência de pessoas sem documentos no Brasil. Nesse sentido, é imprescindível debater acerca de como essa problemática está relacionada à irresponsabilidade paternal quanto aos registros iniciais dos filhos e ao descaso estatal com a difusão da importância dos documentos para o pleno exercício da cidadania.
    1 – repetição de palavras
    Convém ressaltar, primeiramente, que a irresponsabilidade(1) por parte dos pais quanto aos registros dos filhos é um dos principais fatores para os elevados índices de indivíduos sem documentação. Nessa perspectiva, de acordo com uma pesquisa do IBGE, cerca de 1,5% de toda a população brasileira não possui documentos pessoais(2) como a certidão de nascimento. Tais pessoas (3)encontram-se como não-cidadãs, deixando de possuir direitos como saúde e educação, proveniente de uma falta de planejamento parental para lidar com os documentos do filho, o que acarreta na perda da cidadania do indivíduo.(4) Dessa forma, a ausência de registros pessoais no Brasil está diretamente ligada à não preocupação dos pais com a documentação das crianças.
    2 – vírgula
    3 – se encontram
    4 – aprofundar argumentação.
    Outrossim, o descaso estatal em disseminar a importância e os meios de ajustar a vida documental colabora para um número ainda mais alto de pessoas sem registros. Nesse viés, pode-se citar a Constituição Federal de 1988, que garante a cidadania ao indivíduo, sendo dever do Estado garanti-la (5) à toda a população. Entretanto, informações relacionadas à regulamentação dos documentos pessoais não são presentes nas vias informativas governamentais, deixando muitas pessoas(1) desinformadas quanto aos procedimentos necessários e as implicações de não os realizar. Dessa maneira, a pouca atuação estatal para informar o restante da população que ainda não conhece sobre o assunto resulta no elevado número de pessoas brasileiras sem registro.
    5 – sem crase
    Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas a fim de melhorar o quadro brasileiro relacionado às pessoas(1) sem documentação. É preciso que o Ministério da Cidadania (agente) crie políticas públicas(ação) que visem informar a população a respeito da importância de manter seus documentos em dia(finalidade), por meio de campanhas publicitárias e midiáticas(meio)(6) através dos seus canais oficiais de comunicação, conscientizando a sociedade da importância de estar registrado. Ademais, também é necessário um acompanhamento à domicílio(ação 2) para a instrução de pais de classes baixas que não possuem acesso às campanhas de divulgação(finalidade 2). Por meios como esses, será possível regularizar a documentação da população brasileira e garantir a cidadania diferentemente da Grécia Antiga.

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    6 – vírgula

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  4. Olá, tudo bem?

    Você contextualizou sua redação de maneira excelente;
    Soube usar informações de maneira correta e as desenvolveu;
    Nos desenvolvimentos usou cada um deles para relatar sobre os problemas abordados na introdução, foi objetivo.
    Em sua conclusão usou os elementos certos para promover uma forma de ajudar esse problema e cumprir com os 5 elementos precisos.

    Não sou corretora, apenas tento ajudar com o pouco conhecimento que tenho. Espero ter ajudado! A sua redação está excelente!!!
    Eu daria nota: 960

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