Pessoas em situação de rua no Brasil

   A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos têm direito à moradia, porém isso não é uma realidade. Existe uma parcela considerável de pessoas que vivem sem um lar. Mediante a essa questão é importante ressaltar que muitas pessoas vão para as ruas por problemas familiares e acabam sendo tratados com preconceito e, além disso, percebem que viver nessa situação gera vulnerabilidade em quesitos ligados à saúde, ademais há maior exposição à violência.

   Primeiramente, muitos indivíduos em situação de rua saíram de suas casas por divergências familiares, em busca de liberdade, no entanto, nem todos possuem recursos para se manter e se deparam com uma realidade de miséria, onde são tratados como criminosos. Segundo Norberto Elias, a civilidade da sociedade gera padrões de vida e todos aqueles que não se enquadram neles são de alguma forma tratados com preconceito ou indiferença. O estereótipo criado para moradores de rua, geralmente, causa receio em grande parte das pessoas, que consequentemente os tratam de maneira despresível.

   Outro fator que interfere na vida dos moradores de rua é a alta exposição aos problemas de saúde e à violência. De acordo com o sociólogo Durkheim, uma sociedade com esse tipo de patologia, onde uma parcela dos indivíduos que a compõem não possui acesso aos serviços básicos de saúde e segurança, ou seja, que desintegra as normas sociais, se encontra em estado de anomia. É extremamente necessário que os hospitais públicos forneçam acesso eficiente a esses indivíduos e que o policiamento nas ruas sirva para protegê-los de qualquer ato de agressão e não, como forma de reprimi-los, que normalmente, é o que mais acontece.

   Visto que, a situação dos moradores de rua é preocupante, o Estado deve investir em um projeto que forneça abrigo para essas pessoas, oferecendo um lar seguro, onde poderão passar a noite longe dos perigos das ruas, recebendo alimentação e acesso a higiene adequada. Aliado a essa proposta, com o apoio do Ministério da Saúde, um grupo de médicos seria direcionado para atender os abrigados, recebendo também atendimento psicológico, buscando sempre o apoio familiar.  Sendo assim, o problema seria drasticamente reduzido e mais pessoas teriam uma vida melhor.