Pessoas desaparecidas em questão no Brasil

Segundo o livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do escritor Machado de Assis, o defunto-autor relata que não teria filhos de modo a negá-los o legado da miséria humana. Fora da literatura, essa realidade se evidencia, tendo em vista, o desaparecimento populacional, um desafio que necessita ser enfrentado no Brasil. Sob esse viés, tal quadro está ligado tanto ao aliciamento juvenil quanto a problemas de saúde.

A princípio, os jovens são suscetíveis ao sequestro, principalmente para venda de órgãos, adoção ilícita e prostituição. Um exemplo disso ocorreu na novela “Amor de mãe”, da rede Globo, na qual uma traficante comprava e revendia crianças, como o filho da personagem Lurdes. Desse modo, é essencial a proteção e atenção dos pais e, assim essas hostilidades estarão presentes só na ficção.

Outrossim, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2018, foram identificados 82.094 casos de desaparecidos. Sendo que os idosos são um dos principais afetados, haja vista, a relação dessas pessoas com doenças, como o Alzheimer, que ocasiona o esquecimento, os tornando propícios a se perderem ao saírem sozinhos. Nessa ótica, é inaceitável que os pacientes enfermos estejam abandonados e tenham os cuidados necessários negligenciados.

Infere-se, portanto, que medidas sejam tomadas para mitigar esse impasse. Destarte, o Ministério da Justiça e Segurança Pública deve punir aqueles que desrespeitam os direitos da população juvenil e idosa, por meio do direcionamento das verbas pagas pelos cidadãos, com a criação de mais delegacias especializadas e crescimento da fiscalização policial, afim de investigar com mais detalhes os casos de indivíduos desaparecidos. Espera-se, com isso, que o único legado disseminado seja de uma sociedade mais justa e igualitária.