Perpetuação da objetificação da mulher no Brasil

Tornar o outro objeto significa anular o seu emocional e psicológico, transformando-o em um ser passivo de receber quaisquer ações,Infelizmente,essa definição é colocada em na prática na sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito a mulher. Tal fato é evidenciado em publicidades onde a imagem feminina é representada como meros objetos de cunho sexual, bem como a auto-objetificação da mulher.

Vale ressaltar que, o papel da mulher na história era controlada resumindo-se nas funções domésticas, sendo colocada como inferior ao gênero oposto.Devido a Segunda Guerra Mundial, as mulheres tiveram que deixar suas funções domésticas para trabalharem por conta da insuficiência de empregados masculinos e não por sua capacidade.É dentro desse contexto que a publicidade passa a sexualizar a mulher, estabelecendo um novo ideal feminino e consequentemente um padrão de beleza; a valorização das formas e o corpo magro.

Em virtude disso, a auto-objetificação feminina se tornou uma consequência desse novo ideal estabelecido através da publicidade.Mulheres estão sempre policiando o próprio corpo para verificar o que está fora e dentro do padrão, um exemplo notório disso é nas propagandas de cerveja onde a figura feminina é sedutora e suas características são destacadas (seios,pernas e cinturas), em alguns anúncios a bebida não é o produto e sim a mulher.Essa auto-objetificação traz consigo depressão,distúrbios alimentares, vergonha do próprio corpo, entre outros.

Dessa forma, cabe ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária estabelecer a proibição da imagem da mulher juntamente com a sexualização da mesma com objetivo de diminuir a sua objetificação em propagandas e meios de entretenimento.Além disso, urge a necessidade da mídia – principal autora dessa conjuntura – promova um olhar crítico e consciente da sociedade para este imbróglio através dos meios de comunicação com a finalidade de impossibilitar a perpetuação da objetificação da mulher no Brasil.

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