O escritor britânico Oscar Wilde afirma: “O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação”, no que se refere à necessidade de progressão no corpo social. Nessa linha de raciocínio, é preciso dar o primeiro passo em relação à periculosidade dos relacionamentos abusivos no Brasil, enfrentada por diversas mulheres. Desse modo, a ineficiência do sistema judicial e o sentimento de opressão corroboram a problemática.
Diante desse cenário, a ineficácia do sistema judiciário é o principal fator que dificulta a resolução do impasse. Sob esse viés, a Lei Maria da Penha assegura, no Brasil, proteção a mulheres que foram violentadas e garante o encarceramento dos abusadores. No entanto, na realidade, tal lei não tem sido cumprida de forma efetiva e as mulheres, mesmo depois de denunciarem os crimes dos quais foram vítimas, têm seus direitos desrespeitados, o que evidencia a ineficiência da justiça brasileira na aplicação das leis vigentes e demonstra a necessidade de reverter esse descaso.
Outrossim, o sentimento de opressão sofrido pelas mulheres em relacionamentos abusivos contribuiu com essa periculosidade. No livro “É Assim que Acaba”, da escritora norte-americana Colleen Hoover, a protagonista Lily é vítima de violência psicológica e física pelo seu companheiro Ryle e tem dificuldade de procurar ajuda devido à opressão sofrida. De maneira análoga, fora da ficção não é diferente, pois as vítimas são ameaçadas e oprimidas e não conseguem denunciar os abusos, que, muitas vezes, geram diminuição da autoestima, alterações comportamentais e até depressão.
Portanto, o Ministério da Justiça, como instância máxima dos aspectos jurídicos no país, deve garantir que a Lei Maria da Penha seja aplicada, por meio de profissionais do meio judicial, a fim de cumprir sua função de maneira efetiva. Ademais, cabe à mídia, enquanto importante instrumento para a divulgação massiva de informações, criar campanhas que alertem sobre a periculosidade em relações abusivas, por meio do compartilhamento de postagens nas redes sociais, com o intuito de encorajar mulheres a saírem de ambientes de opressão. Espera-se, com isso, dar o primeiro passo citado por Oscar Wilde.
123testando
Muito bom!! Parabéns! Primeiramente, acho que você tenha fugido um pouco do tema ao falar dos relacionamentos abusivos sofridos apenas por mulheres, pois o tema da redação não tinha o nome mulher, então acho que valia para ambos os gêneros (mas eu não li os textos motivadores, então não sei se tiraria ponto. O tema ficou muito aberto)
A sua introdução está boa. Adorei o início coringa, não conhecia ainda. Você explicitou sua tese ebaaaa! eu tiraria a vírgula depois do Brasil “periculosidade dos relacionamentos abusivos no enfrentada por diversas mulheres brasileiras” desse jeito fica melhor.
No segundo parágrafo você retomou sua tese para poder detalhar parabéns!! Você só errou nas vírgulas “Lei Maria da Penha assegura, no Brasil, proteção a mulheres” a Lei Maria da Penha é brasileira então é desnecessário colocar “,no Brasil,”. Também aqui “No entanto, na realidade, tal lei não tem sido” não precisa dessa vírgula depois de realidade ok eu escreveria assim: Na realidade, contudo, tal lei… deixando o conectivo entre vírgulas.
Adorei seu terceiro parágrafo, você sabe trabalhar bem seus argumentos. Tem só uma parte em que fica bem redundante “De maneira análoga, fora da ficção não é diferente” análoga significa parecido, então não precisa colocar esse “não é diferente” ok . Eu reescreveria assim: De maneira análoga a ficção, as vítimas brasileiras….
annaclarao
CI – Bom domínio da escrita formal. Poucos desvios gramaticais e/ou de convenções da escrita. 160
C2 II – Aplicação de outras áreas do conhecimento
Argumentação consistente. A partir de um repertório sociocultural produtivo. Excelente domínio do gênero dissertativo-argumentativo. 200
C3 III – Organização e defesa do ponto de vista
Argumentação consistente. A partir de um repertório sociocultural produtivo.
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