PATRIOTISMO EM QUESTÃO NO BRASIL

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O livro ” Triste fim de Policarpo Quaresma” do escritor brasileiro Lima Barreto, retrata um ideal romântico da pátria, onde o personagem major Quaresma é totalmente devoto e apaixonado pelo seu país. Todavia, ele compreende que nem todos os seus compatriotas valorizam a cultura bem como os interesses da nação. De maneira análoga, perpetua-se a mesma questão crítica do despatriotismo no Brasil, dado que, para muitos indivíduos, os interesses pessoais são mais relevantes que do país. Desse modo, faz-se pertinente debater acerca do individualismo e da falta de importância da sociedade em relação à cultura nacional.

É pertinente abordar, inicialmente, que o individualismo causa o egoísmo. Nesse viés, na opinião de alguns utilitaristas, para as pessoas viverem em sociedade era preciso que houvesse uma metodologia egoísta, para que cada indivíduo buscasse pelo seus próprios interesses. Entretanto, Durkheim reprovava essa doutrina, visto que, segundo o sociólogo, a vida em comunidade está muito longe de ser algo de interesses individuais. Por exemplo, a corrupção é uma das consequências dos desejos pessoais, essa, acarreta em graves problemas no país, não só no âmbito social, como histórico, econômico, moral e ético, fazendo com que o sujeito não se importe com o bem da pátria, mas sim, com o bem-estar próprio. Ainda sob essa ótica, a vida em comunidade reflete indubitavelmente em um convívio coletivo, gerando também interesses comunitários. Desse modo, a vida social não pode ter relação com assuntos ambiciosos, pois, o individualismo não se trata de benefícios que abrange toda a humanidade, senão destruir toda a conexão harmônica e, não sendo fundamental para um país.

Outrossim, a falta de consideração com os bens culturais pela sociedade ocasiona o descomprometimento. Nessa prespectiva, alguns brasileiros costumam desvalorizar a sua própria cultura assim, desprezando o que há de mais relevante — a sua essência. Diante disso, no dia 7 de setembro é o dia em que se comemora o “Dia da Pátria”, festejando a Independência do Brasil em 1822. Porém, somente militares e simpatizantes do ramo que celebram esse dia e para uma grande parcela dos habitantes, esse feriado é como um dia comum. De acordo com o jornalista Ernest Fischer, o papel da cultura é abrir portas fechadas. Logo, é preciso que o indivíduo se dê a oportunidade para reconhecer que os costumes nacionais precisam ser respeitados, amados e explorados. Dessa forma, isso contribui para desabrochar portas de consciências vedadas — uma vez que a cultura tem a possibilidade de adquirir experiência e conhecimento — e construir um povo em harmonia com sua pátria.
Com a intenção de amenizar essa problemática, urge que o Ministério da Cidadania juntamente com o Ministério da Cultura, atue incentivando a devoção patriota, com o fito de ajudar os habitantes no desenvolvimento de um povo rico em conhecimento e harmônico ao seu país. Tal ação pode ser feita mediante a propagandas de valorização do Brasil, exibindo por suas regiões os patrimônios consagrados, locais históricos, aspectos naturais, a cultura gastronômica e a rica diversidade musical. Além disso, essa propagação deve estimular a responsabilidade civil para preservação dos princípios e deveres básicos — coletivos — do país. Espera-se com isso, tornar uma nação bem quista pelos cidadãos, assim como mostrar o que há de melhor no Brasil, enfatizando cada vez mais a ” Terra adorada” conforme cantado no Hino Nacional Brasileiro.

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2 Correções

  1. Olá,
    Sua redação está incrível mesmo, muita bem escrita, bem contextualizada, argumentos bem encadeados. Tem uma sequência linear presente o que indica o planejamento do texto e isso é muito importante. Achei o seu ponto de vista impecável, argumentos muito convincentes e bem elaborados. Seu texto tá todo coerente e todo coeso com muitos conectivos de diversidade semântica e usados corretamente. Só a sua introdução ficou muito extensa, talvez seja melhor reduzir pra dar a ideia de homogeneidade no texto em que a introdução precisa aparentar ser menor do que os parágrafos de desenvolvimento. Seus repertórios estão perfeitos, muito bem ligados aos seus argumentos, explicados e com a defesa do seu ponto de vista que confirma a autoria. E tenha cuidado com alguns argumentos abordados que não aparecem tão explícitos assim na introdução e podem ser considerados como novas ideias. Sua conclusão está simplesmente perfeita, concluiu a linha de raciocínio, apresentou uma proposta muito boa e viável, tá conectada cm os seus argumentos.
    Competência 1 : 160
    Competência 2 : 200
    Competência 3: 200
    Competência 4: 200
    Competência 5 : 200
    Nota total: 960
    Você tem um potencial incrível mesmo, vc vai muito mais além e tenho certeza que tem enormes chances de tirar 1000 no Enem!
    Espero que eu tenha ajudado a melhorar as poucas coisas que faltam para o seu texto ficar todo perfeito!

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  2. Olá, tudo bem? Espero que sim!
    Antes de tudo, já vou avisando que não sou tão boa assim para corrigir redação, mas vou dar o meu melhor!
    INTRODUÇÃO:
    Bom, na redação, não é muito bacana fazer períodos muitos extensos, e na sua introdução você fez isso. Uma boa solução seria você usar um ponto de seguimento, ao invés de uma vírgula antes do “todavia” e colocar uma vírgula depois do mesmo. Ficaria dessa forma:
    O livro ” Triste fim de Policarpo Quaresma” do escritor brasileiro Lima Barreto, retrata um ideal romântico da pátria, onde o personagem major Quaresma é totalmente devoto e apaixonado pelo seu país. Todavia, ele compreende que nem todos os seus compatriotas valorizam a cultura bem como os interesses da nação.
    Fora isso, sua introdução está perfeita! Você contextualiza o livro com o tema perfeitamente, apresenta seu posicionamento, ou seja, faz a problematização do tema, além de apresentar também os seus argumentos (o que eu chamo de projeto de texto).
    OBS.: *da* falta falta de importância da sociedade em relação à cultura nacional.
    DESENVOLVIMENTO 1:
    “Primeiramente”, esse conectivo é muito, muito manjado, meio que “todo mundo” usa ele. Minha professora de redação sempre diz que isso deixa o texto “pobre”, sendo uma forma de dizer para o corretor que você não tem riqueza de vocabulário.
    Aqui, tu vem contrapondo uma informação: “Entretanto, Durkheim reprovava essa doutrina, visto que, conforme o sociólogo”. Ficou bom sim, porém a palavra “conforme”, nessa frase, parece que precisa de um complemento após “o sociólogo”, algo como: “conforme o sociólogo dizia”, ou então, substituir essa palavra (procure “sinônimo de conforme”, e veja qual se encaixa melhor para o que você quer dizer).
    Logo depois você vem exemplificando: “Por exemplo, a corrupção é uma das consequências dos desejos pessoais, esse, acarreta em graves problemas no país…”. Nessa frase a palavra “esse” entre vírgulas, não dá para compreender se você está falando do individualismo ou da corrupção. Se for individualismo, eu te aconselho à utilizar um ponto de seguimento. Mas se for no sentido da corrupção, só substitui por “essa”.
    DESENVOLVIMENTO 1/2:
    Quando tu fala: “Sob essa ótica, a vida em comunidade reflete indubitavelmente em um convívio coletivo, gerando também interesses comunitários”, parece que é um novo parágrafo, um novo argumento, não sei se você só esqueceu de dar o espaçamento, mas enfim… No seu lugar, eu utilizaria-o como um “parágrafo de aprofundamento”, ou também chamado por mim de “parágrafo de seguimento”, mas eu iniciaria assim: “Ainda sob essa ótica”, para dar ênfase de que é o mesmo argumento ainda.
    Na frase “que abrange toda a humanidade mas sim,”, tu tem que colocar uma vírgula antes do “mas sim”. Porém, logo acima você já utilizou essa expressão em: “importe com o bem da pátria, mas sim, com o bem-estar próprio”. Sendo assim, te aconselho a substituí-lo para não haver repetição de ideias.
    DESENVOLVIMENTO 2/3:
    Ao iniciar seu segundo argumento com esse tópico-frasal: “Outrossim, a falta de consideração da sociedade ocasiona o descomprometimento”. Assim que eu bati olho nessa frase eu pensei: “descomprometimento de quê/de quem?”, então sinto que falta um complemento aí, pois fica muito vago, seja mais específica.
    Lembra que lá na introdução eu falei sobre períodos muito extensos, pois é, a mesma coisa nessa frase: “…festejando a Independência do Brasil em 1822, porém, somente militares e simpatizantes do ramo…”, pois ele só acaba em “Conforme…”. Então, o que faria era simplesmente colocar um ponto antes de “porém” e deixar a vírgula após ele.
    Fora isso, nesse segundo argumento não tenho nenhum comentário a fazer. Ele está bem estruturado e bem articulado. Parabéns!
    CONCLUSÃO:
    Considero-a perfeita. Respondeu todas as “perguntinhas” (Quem deve fazer? O que deve fazer? Como deve fazer?/por meio de quê? Com qual finalidade? +detalhamento). Elaborou muito bem sua intervenção, detalhou, e relacionou com o tema e com tudo que tu veio dissertando e argumentando durante todo o texto.
    Competência I: 160
    Competência II: 200
    Competência III: 200
    Competência IV: 200
    Competência X: 200
    Nota: 960
    OBS.: Se tiver alguma parte da minha “correção” que você não tenha entendido, é só falar. Espero que tenha te ajudado. Gostei bastante da tua redação, ela foi muito bem escrita, parabéns!
    Qualquer coisa, vamos fazer uma parceria. Eu corrijo teus textos, você os meus e é isso, enfim… você é quem sabe. Bjs e continua assim, tu vai longe! 960+

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