Aprendiz

(PAS UNB 2019 1 ETAPA) APRENDER A VER BELEZA NO DIFERENTE

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Muito populares nos Estados Unidos no séculos XIX, os “Freak Shows” ou Circo de Horrores eram atrações em que muitos indivíduos foram apresentados como “aberrações da natureza”, apenas por possuírem características consideradas peculiares e anormais, como deformações, nanismo, albinismo ou por serem gêmeos siameses. Tal realidade, contudo, não se perpetua mais em decorrência dos avanços na medicina, que possibilitaram explicar doenças e mutações genéticas. Entretanto, infelizmente, ainda é perceptível o preconceito e a discriminação da sociedade para com as diferenças, sem considerar que o conceito de beleza é relativo e não refletir acerca da influência dos padrões estéticos.

Nesse sentido, é necessário pensar acerca do belo, conceito que é discutido desde a filosofia grega: para Platão, havia uma correspondência entre o bom e o belo, associando assim ética e estética, que se perpetuou até a colonização. A título de exemplo está a formação do povo brasileiro, onde uma das estratégias de dominação do colonizador europeu foi estigmatizar as referências culturais e estéticas dos povos dominados. De forma que, características afrodescendentes, como os cabelos crespos, foram marcadas como ruins ou feios, enquanto aspectos europeus eram ligados à beleza e bondade. Não obstante, tais conceitos foram questionados como o advento da modernidade, de modo que a beleza passa a ser subjetiva, pois depende de cada indivíduo, variando de acordo com o tempo, a cultura e o território em que se discute, não tendo relação assim com a ética.

É relevante também abordar o papel da mídia na formação da opinião individual. Porque, embora o gosto seja subjetivo e pessoal, ainda sofre influências externas, como da televisão, das redes sociais e do cinema. A essa manipulação nomeia-se Industria cultural, conceito refletido pelo filósofo e sociólogo Theodor Adorno. Essa indústria se utiliza do conjunto dos meios de comunicação de massa para moldar o gosto das pessoas que, por sua vez, passam a gostar somente do que ela oferece. Dificultando assim, que as pessoas vejam beleza no que é dessemelhante.

Dessarte, há empecilhos para que os indivíduos sejam capazes de apreciar aquilo que é diferente. E para combatê-los é necessário que as instituições de ensino promovam palestras acerca dos padrões difundidos pela mídia e os conceitos de beleza, a fim de que os estudantes desenvolvam maior senso crítico pois, embora nossos juízos sofram influência da mídia, quando tomamos consciência disso, estamos aptos para perceber a realidade, ao invés de apenas receber passivamente posicionamentos e aceitá-los. Tais ações modificarão a forma como indivíduos percebem o mundo, a si mesmos e como agem junto à sociedade.

 

Colocar os erros, não é para ENEM, não colocar pontos e notas, apontar erros.

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1 Correção

  1. Olá. Vou fazer pequenas observações sobre o seu texto.

    Muito populares nos Estados Unidos no séculos XIX, os “Freak Shows” ou Circo de Horrores eram atrações em que muitos indivíduos foram apresentados como “aberrações da natureza”, apenas por possuírem características consideradas peculiares e anormais, como deformações, nanismo, albinismo ou por serem gêmeos siameses. Tal realidade, contudo, não se perpetua mais em decorrência dos avanços na medicina, que possibilitaram explicar doenças e mutações genéticas. Entretanto, infelizmente, ainda é perceptível o preconceito e a discriminação da sociedade para com as diferenças, sem considerar que o conceito de beleza é relativo e não refletir(1) acerca da influência dos padrões estéticos.
    (1) Quase certeza que foi erro do corretor ou algo semelhante. Aqui seria “reflete”.

    Nesse sentido, é necessário pensar acerca do belo, conceito que é discutido desde a filosofia grega: para Platão, havia uma correspondência entre o bom e o belo, associando assim ética e estética, que se perpetuou até a colonização. A título de exemplo está a formação do povo brasileiro, onde uma das estratégias de dominação do colonizador europeu foi estigmatizar as referências culturais e estéticas dos povos dominados. De forma que, características afrodescendentes, como os cabelos crespos, foram marcadas como ruins ou feios, enquanto aspectos europeus eram ligados à beleza e bondade. Não obstante, tais conceitos foram questionados como(1) o advento da modernidade, de modo que a beleza passa a ser subjetiva, pois depende de cada indivíduo, variando de acordo com o tempo, a cultura e o território em que se discute, não tendo relação assim com a ética.
    (1) Com o.

    É relevante também abordar o papel da mídia na formação da opinião individual. Porque, embora o gosto seja subjetivo e pessoal, ainda sofre influências externas, como da televisão, das redes sociais e do cinema. A essa manipulação nomeia-se Industria cultural, conceito refletido pelo filósofo e sociólogo Theodor Adorno. Essa indústria se utiliza do conjunto dos meios de comunicação de massa para moldar o gosto das pessoas que, por sua vez, passam a gostar somente do que ela oferece. (1)Dificultando assim, que as pessoas vejam beleza no que é dessemelhante.
    (1) Faltou um paralelismo aqui. Talvez uma ligação com algum conectivo ou até mesmo o uso da vírgula ali, e não ponto final.

    Dessarte, há empecilhos para que os indivíduos sejam capazes de apreciar aquilo que é diferente. E para combatê-los(1) é necessário que as instituições de ensino promovam palestras acerca dos padrões difundidos pela mídia e os conceitos de beleza, a fim de que os estudantes desenvolvam maior senso crítico pois, embora nossos juízos sofram influência da mídia, quando tomamos consciência disso, estamos aptos para perceber a realidade, ao invés de apenas receber passivamente posicionamentos e aceitá-los. Tais ações modificarão a forma como (2) indivíduos percebem o mundo, a si mesmos e como agem junto à sociedade.
    (1) Vírgula.
    (2) Artigo aqui. Os indivíduos.

    Analisando apenas os erros, foi somente esses que eu encontrei. Não sei como o vestibular da UNB avalia as outras áreas, e claro, você não pediu isso.

    Enfim, você escreve muito bem e praticamente não encontrei erros.

    Parabéns, e continue treinando!

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