Padronização da Aparência nas Propagandas Exibidas Pelos Meios Midiáticos

Na Grécia Antiga era banal que a criação de esculturas e pinturas as quais representassem a figura humana seguissem sempre o padrão físico o qual era imposto como belo na época. Já na atualidade as circunstâncias não são diferentes, visto que as propagandas criadas pelos meios midiáticos sempre optam por escolher pessoas cuja a aparência se encaixe dentro da concepção de beleza criada pela sociedade e em consequência disso aqueles que não se adequam são marginalizados. Por isso, deve-se analisar tais fatores para que seja possível chegar em uma provável solução da problemática.

Mormente, é válido salientar que a exterioridade é considerada um fator de grande importância hodiernamente, chegando a ser o elemento primordial levado em consideração pelas empresas na hora de selecionarem indivíduos para suas publicidades. Assim como no filme de gênero comédia romântica “O Amor é Cego” onde o protagonista Hal só se relacionava com mulheres que possuíssem uma fisionomia que ele considerasse perfeita, deixando de lado os valores intrínsecos. Consequentemente nota-se uma padronização nas propagandas as quais aparecem na mídia, já que as empresas sempre procuram por pessoas com um semblante específico.

Outrossim, é importante ressaltar que aqueles os quais não se encaixam no conceito de belo visto pela sociedade acabam sendo marginalizados, uma vez que a grande maioria dos vínculos são estabelecidos com base na aparência, como no filme do diretor Andrew Adamson, intitulado com o nome do protagonista, “Shrek”, que tinha como personagem principal um ogro, o qual vivia sozinho e sempre era oprimido pelos moradores do reino em que vivia devido a sua exterioridade. Ou seja, é necessário que medidas sejam tomadas com o intuito de criar uma sociedade menos julgadora na qual a fisionomia não é levada como elemento de escolha.

Em síntese, o uso da aparência como critério de seleção é um dos principais agentes que causa a exclusão dos indivíduos que não se inserem nos paradigmas criados. Com o intuito de combater tal segregação, é necessário que as mídias mostrem pessoas com diferentes fisionomias nas suas publicidades por meio de testes de elenco que não levem o semblante como método de escolha. Além disso, as escolas, com a ajuda do Ministério da Educação, devem promover aulas e palestras para as crianças com o intuito de mostrar e normalizar as diferenças extrínsecas dos indivíduos.