OS TROTES ACADÊMICOS NO CONTEXTO DA INSERÇÃO NO ENSINO SUERIOR

    Nos primórdios da Idade Média, os trotes eram utilizados como forma de confraternização e pacificação entre as pessoas. Entretanto, no Brasil, há uma discrepância da ideia suscitada, sobretudo no âmbito no universitário, em virtude do caráter violento e constrangedor decorrente do número de ocorrências em hospitais e do sistema educacional vigente, o que prejudica o bem-estar social.

   De maneira inicial, nota-se um aumento exacerbado de casos em universidades onde os estudantes denunciam ações promovidas por centros acadêmicos que resultam na ridicularização e comprometimento da saúde dos participantes. Atrelado a isso, tal afirmação pode ser sustentada a partir da reportagem realizada pelo jornal “Bom dia Ceará”, em que alunos foram hospitalizados por ingerirem substâncias tóxicas, corroborando, desta maneira, para confirmar a divergência da ideologia propagada no século XV.

   Além disso, segundo Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, a educação deve ser transformadora no sentido de  modificar a realidade da qual fazemos  parte; e libertadora no que se refere a capacidade de refletir sobre o mundo. Com base no exposto, se os ambientes acadêmicos não priorizam o bem-estar dos discentes, mas sim reforçam atitudes que os constrangem, esse pensamento do patrono da educação não pode ser alcançado.

   Assim, depreende-se a necessidade do Ministério da Educação, por meio do poder legislativo, desenvolver um projeto de lei que proíba qualquer trote universitário de teor agressivo que ridicularize e cause danos a integridades dos sujeitos. Ademais, em alguns anos haveria mitigação do problema, preservando a real finalidade pensada no período antigo.