Os riscos da crise de representatividade para a democracia brasileira.

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O escritor inglês Thomas More, em sua obra Utopia, idealizou uma sociedade sem desigualdades e sem problemas sociais. Entretanto, no Brasil, os riscos da crise da representatividade para a democracia são muitos e isso se deve aos resquícios do autoritarismo e coronelismo dos Governos do período conhecido como República Velha, agravados pelo afastamento dos políticos com a população e pelo populismo voltado ao voto.

Em primeiro ponto, os políticos brasileiros não são próximos do povo o suficiente durante todo o mandato. Desse modo, a população não consegue levar até os governantes os problemas que a sociedade enfrenta, e por isso, os problemas se perpetuam e o eleitorado não se sente representado. Por consequência, há um distanciamento do povo da política e das decisões sociais, que ocorrem por meio dos sufrágios e esse afastamento, segundo o antigo filósofo grego Platão é nocivo para a sociedade, pois, de acordo com ele, o castigo para bons que não participam e conhecem da política é serem governados pelos maus.

Em segundo ponto, os políticos brasileiros são populistas de maneira negativa. De certo, isso se deve ao desejo de permanecer no poder, mas na maioria das vezes os resultados de políticas populistas não são positivas para a sociedade, pois, muitas vezes os gestores criam campanhas, que não são concebidas com o intuito de sanar os problemas de maneira definitiva, voltadas a agradar população carente, e esse grupo social se vê em situação de obrigação de votar na reeleição daquele candidato, de maneira análoga ao voto do cabresto do início do Século XX. Certamente, essas ideias são uma construção contemporânea dos pensamentos do filósofo renascentista Nicolau Maquiavel, que se resume em para perpetuasse no poder, o príncipe, nesse caso o político, deve fazer o possível e o necessário, mesmo que isso não seja positivo para a sociedade, e nesse caso, essa ideologia populista é prejudicial para a democracia brasileira. 

Infere-se, portanto, que ainda há resquícios do coronelismo e autoritarismo dos Governos da Primeira República na República atual brasileira e isso tem impacto no senso de representatividade da população. Dessa maneira, cabe ao Tribunal Superior Eleitoral, em atividade conjunta ao Ministério da Educação, a criação de campanhas educativas, por meio de palestras, nos períodos pré eleitorais nas escolas, que visem conscientizar os alunos, que são os futuros eleitores, que o voto não é apenas uma obrigação do cidadão, mas sim um direito conquistado após enormes lutas sociais, e somente assim, com o poder do voto a sociedade brasileira continuará democrática e mais próxima do corpo social idealizado por Thomas More.

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1 Correção

  1. Gostei bastante da introdução, a citação foi muito bem colocado é a apresentação da tese tá ótima.
    Seu desenvolvimento está muito bom, porém, faltou alguns conectivos , seria bom você rever isso , pois são eles que enriquecem a redação. Houve muitas citações, e pelo que aprendi, para os corretores do Enem , isso tornasse cansativo, cuidado !!!
    Conclusão ficou a desejar , já que você apresentou tantos problemas parapaenas uma intervenção. Por nota
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