Os riscos da crise de representatividade para a democracia brasileira

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O contratualismo é uma corrente filosófica responsável pelo reconhecimento dos Estados nacionais. De acordo com Thomas Hobbes, seu precursor na modernidade, já que selvagens no estado de natureza, os homens, por meio da razão, afirmariam um contrato social que legitimaria a representação política-social traduzida na figura do Estado. Essa representação, contudo, já no século XXI, tem se mostrado em crise no atual regime democrático. São necessárias, portanto, medidas que busquem a resolução dessa problemática.
Primeiramente, é válido destacar os fatores sociais e econômicos que contribuíram para a configuração desse cenário. De acordo com o sociólogo Jessé Souza, desde 2013, mas, principalmente, após o transcorrer do Golpe de 2016, possibilitado graças à atuação da burguesia nacional junto ao capital estrangeiro, é possível observar as manifestações necessárias para a modelagem da atual crise, retratadas, por exemplo, na iminência de uma possível renúncia ou impeachment do então presidente – talvez o segundo impeachment em menos de quatro anos.
Além disso, outro exemplo que caracteriza uma transformação ou mesmo risco político-jurídico é a substituição da democracia de partidos, conforme conceituada por Bernard Manin, por uma democracia de auditórios; ou seja, a representação política não se refletiria mais em partidos políticos, mas, graças ao avanço de mídias sociais, em personalidades dessas redes. Dados que apresentam a descrença nas instituições democráticas são demonstrações desse cenário.
Fica claro, portanto, que os riscos da crise de representatividade já estão atuando na sociedade nacional em consequência de fatores político-econômico-sociais. Assim, espera-se, visto que essa situação incide, de acordo com pesquisas, principalmente sobre jovens, a atuação do Estado junto à instituições privadas, divulgando campanhas na grande mídia e desenvolvendo projetos em ambientes escolares, como palestras e debates. Espera-se, portanto, o ressurgimento dessa fé outrora expressa por Hobbes no atual Estado Democrático de Direito.

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1 Correção

  1. 1° parágrafo: o correlato estabelecido entre o Contratualismo e o tema da redação não é tão coerente, mas pode ser utilizado neste contexto. Houve um erro ortográfico. A introdução está boa.
    2° parágrafo: o parágrafo inteiro serviu como contextualização para o argumento e o tema foi tangenciado.
    3° parágrafo: este parágrafo está muito bom
    4° parágrafo: a intervenção é boa.
    I – 160
    II – 160
    III – 200
    IV – 160
    V – 160
    Nota: 840

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