OS PROGRAMAS SOCIAIS DO GOVERNO BRASILEIRO SÃO A SOLUÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA?

Tomando como base o Artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, toda pessoa tem direito à saúde, bem-estar e segurança. No entanto, essa visão, embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, sobretudo no Brasil, uma vez que a pobreza se tornou uma das principais questões para todo e qualquer governo. Nessa perspectiva, ao analisarmos o problema, vemos que as vertentes e causas desses males são inúmeras e complexas, ora pela desigualdade social, ora por fatores políticos.

Primordialmente, é imperioso destacar que a desigualdade social afeta grande parte da população brasileira, isso porque, as regiões mais afetadas pelos problemas sociais são o Norte e o Nordeste. Sobretudo, em 2017, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontaram que cerca de 50 milhões de brasileiros vivem na linha de pobreza, além que o maior índice de mendicidade é registrado na região Nordeste, afetando em torno de 43,5% da população. Portanto, vale-se o questionamento, programas sociais são a solução para a erradicação da pobreza? Sem dúvida, programas como Bolsa Família e Minha casa, minha vida, criadas pelo governo, fizeram um grande diferencial, mas, infelizmente, ainda são extremamente falhas.

Ademais, segundo Jorge Amado, escrito brasileiro, “O capitalismo conserva-se o mesmo sistema frágil e injusto, produtor de guerras, de miséria, baseado no lucro, na ânsia do dinheiro. São razões muito miseráveis”. Diante disso, a ação do Estado em toda sua diversidade e complexidade tem influência e consequências nos elementos que compõem o processo de desenvolvimento no país. Por outro lado, os programas sociais são iniciativas destinadas a melhorar as condições de vida da população, porém há entraves que fazem com que a taxa de pobreza não diminua, por exemplo, o desemprego, a carência de saneamento básico, o aumento de pessoas sem abrigos, a desigualdade social, e por fim, a falta de uma educação de qualidade e igualitária.

Mediante o exposto, nota-se que a desigualdade social ainda é um problema no Brasil, no entanto esse quadro deve ser mudado. Portanto, cabe ao Governo, melhorar a empregabilidade, como medida paliativa, para que todos possam ter um bom emprego, fazendo assim com que a economia do país progrida. Ademais, cabe ao Ministério da Educação, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento Social, assegurar políticas de inclusão social, investindo na educação pública, com mais cursos profissionalizantes, para que pessoas de comunidades carentes tenham mais liberdade de escolhas, além de aprimorar os programas assistenciais, para que, de fato, façam a diferença na vida dos cidadãos cuja renda não supre as necessidades básicas.